Copa do Mundo 2022: relembre a passagem de Tite pelo Atlético-MG
Adenor Bacchi, mais conhecido como Tite, é um dos melhores treinadores do Brasil. Multicampeão com o Corinthians, ele assumiu a Seleção Brasileira em 2016 e tenta em 2022 buscar o tão sonhado hexa que escapou de suas mãos em 2018. Aliás, era ele o técnico da Canarinho na Copa do Mundo da Rússia.
O que muitos não sabem, é que antes de ser o grande treinador que é hoje, Tite teve muitos fracassos em sua carreira, um deles no Atlético-MG, equipe que dirigiu por 21 jogos em 2005 e venceu apenas 4 partidas. Posteriormente naquela temporada o Galo seria rebaixado pela primeira vez a segunda divisão do Campeonato Brasileiro.
Quando esteve em Belo Horizonte para o confronto do Brasil contra o Paraguai pelas eliminatórias da Copa do Mundo, o técnico Tite relembrou sua passagem pelo Atlético. O treinador disse ter um sentimento de dívida com o clube e com sua torcida por não ter conseguido desenvolver seu melhor trabalho:
“Tenho sentimento muito grande (de estar em BH e no Mineirão), fiz grandes amigos na passagem pelo Atlético. Tenho pessoas com admiração especial. Fica um duplo sentimento de não ter feito meu melhor trabalho e insucesso no Atlético. Isso fica no sentimental, com senso de dívida, se pudesse colocar assim. Não de caráter ou conduta, mas de senso de resultado.”
O comandante da Seleção ainda ressaltou que à época não estava pronto para assumir um clube da grandeza do Atlético:
“Eu estava insuficientemente maduro, insuficientemente estudado, habilitado para dirigir o Atlético naquele momento. Nesse contexto todo. Eu era pouco para grandeza do Atlético e não estava formado. Continuo me formando. Desafio diário nosso, até porque se eu soubesse dos erros, eu não cometeria.”
Se Tite não se esquece de sua passagem pelo Atlético, a torcida do Galo também não. Durante a Copa do Mundo da Rússia de 2018, um torcedor atleticano adentrou o hotel da Seleção Brasileira e fez questão de pedir ao treinador para voltar a Cidade do Galo “para se redimir por 2005”.
O técnico quase assumiu o Atlético em 2014, quando o Galo demitiu Paulo Autuori, mas as negociações não foram para a frente, uma vez que Tite tinha acabado de deixar o Corinthians no final de 2013 e não estava pronto para assumir outro clube. O Galo então optou por Levir Culpi, e o atual treinador da Seleção posteriormente retornou ao Corinthians em 2015, quando foi campeão brasileiro justamente em cima do Galo de Levir.
Mesmo de longe, Tite está de olho no Atlético-MG
O Atlético é um dos melhores times do Brasil e conta com diversos craques em seu plantel. Por conta disso, o técnico Tite está sempre de olho nos jogos do Galo. No atual ciclo, o treinador já convocou o lateral Guilherme Arana, o atacante Hulk e o goleiro Everson para defenderem a amarelinha.
Arana tem grandes chances de ir para o mundial já que além de ser o convocado com mais frequência, é quem tem menor concorrência. Everson só deverá ir a Copa caso um dos três goleiros de Tite se machuque. Já Hulk, é o que tem mais apelo popular para ir para o Qatar, mas enfrenta grande concorrência no ataque da Seleção.
Em entrevista ao podcast “Fala, Brasólho!” o técnico Tite falou sobre a situação de Hulk, que para ele é muito bom e poderia sim estar entre os 23 convocados para a Copa do Qatar. O único problema é que para o craque do Galo entrar em sua lista, alguém precisa sair:
“Eu aceito (convocar Hulk e Raphael Veiga). Convoco todos que quiserem. Só me diz quem eu tiro também. Só podem 23 ou 26. Só dizem que eu tenho que convocar, mas não dizem quem eu tenho que tirar.”
Hulk também falou da expectativa de defender a Seleção Brasileira em outra Copa do Mundo. Segundo o atacante, a concorrência é muito alta, mas a chave para conseguir um lugar entre os 23 convocados é continuar fazendo um bom trabalho no Atlético:
“Como eu costumo falar sempre, meu foco maior é estar bem aqui no Galo. Dando o meu melhor, somando nos números, no individual e no coletivo para quem sabe confundir ainda mais a cabeça do nosso professor. Como eu sempre falo, não é fácil para um treinador da seleção convocar 23/26 jogadores, tem um leque de opções de jogadores de alto nível. Então a gente sabe que a concorrência é muito grande, cabe a nós jogadores continuar trabalhando, fazendo nosso melhor, para que se formos chamados, corresponder a altura”.
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