Ex-jogador do Cruzeiro abre o jogo e admite que tremia contra a torcida do Atlético-MG

Atlético-MG e Cruzeiro são dois rivais históricos, que ao longo dos anos protagonizam clássicos memoráveis. Cada um deles repletos de histórias, batalhas e provocações. Em entrevista ao Portal Superesportes, o ex-lateral direito do Cruzeiro Balu, revelou que nos seis anos que passou na Toca do Raposa, nunca confraternizou com algum jogador do Galo por medo de como às torcidas reagiriam:

“Cara, entre jogadores era só dentro de campo mesmo, mas tinha aquela rivalidade de torcida. Nós, jogadores, tínhamos medo de ficar nos encontrando, de estar em festas juntos. Eu fiquei seis anos e nunca fui a uma festa com um jogador do Atlético.”

Apesar disso, ele revela encontros com alguns atletas do Atlético:

“O Edivaldo, ponta-esquerda, que era craque. Ele morava no prédio do meu lado. Uma vez, duas vezes no máximo, ele ia na janela e eu ia no prédio dele. Nós evitávamos ao máximo porque tínhamos medo das torcidas (organizadas). Algumas vezes eu e Careca nos encontrávamos com o Sérgio Araújo, que gostava dos mesmos esquemas que nós (samba), mas não ficávamos muito próximos não.”

Balu relembra briga com ídolo do Atlético-MG

Balu relembrou também um episódio onde conseguiu tirar do sério Éder Aleixo, ídolo do Galo, conhecido por seu temperamento explosivo:

“Antes desse jogo, encontrei um amigo dele (Éder), cruzeirense, da cidade dele: Vespasiano. Ele falou assim: irrita o Éder, fala isso com o Éder. Não posso falar aqui. Encostei nele e falei o que o amigo mandou. Mano, esse cara se transformou. Tô ferrado agora. Começou a me agredir. Agora ele vai ser expulso, e eu provocando. Falei graça pra ele. Ele virou e me deu um murro. O Paulo Isidoro (meio-campista do Cruzeiro) falou: ‘fica no chão que o bandeira viu’. Eu fiquei, e expulsaram o Éder.”

Balu relembra que à rivalidade com Éder vinha antes dos tempos de Atlético e Cruzeiro:

” Essa treta com o Éder vinha antes do Cruzeiro, cara. Eu estava na Ferroviária e ele estava na Inter de Limeira, e a gente já se pegava. O santo não batia. Tem umas matérias aí, eu e ele, quando jogou Ferroviária x Inter de Limeira, e era de dar risada. Ele era craque de verdade.”

Apesar das rusgas, em 2020 o ex-lateral e o Bomba fizeram as pazes:

“Há dois anos, no Brasileiro, eu estava na minha casa, e tinha Santos e Atlético aqui na Vila. […] Fui no vestiário do Atlético, me identifiquei, e pedi para chamar o Éder. O Éder chegou e disse: e aí, Balu. Eu disse, posso te falar um negócio, cara. Estão meus filhos aqui, me dá um abraço. Parei de jogar, você parou, irmão. Hoje isso me faz mal e quero ser teu amigo. Ele veio, me abraçou. Foi bacana. Deu camisa para o meu filho. Já liguei para ele, ele me liga e hoje é meu parceiro. Era na época do Sampaoli. Não vi o jogo. Fui depois do jogo. Me fez bem demais isso daí.”

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