Torcida do Galo fica furiosa e se manifesta após áudio do VAR ser liberado pela CBF

O último lance da vitória do Atlético por 1×0 sobre o Botafogo gerou muitas polêmicas, isso porque o árbitro Raphael Claus não só anulou o gol marcado por Keno, como optou por não ir ao monitor checar um possível pênalti em Ademir no começo da jogada.

Após o fim do jogo, muito irritados, os dirigentes do Atlético pediram a liberação do áudio da cabine do VAR com o árbitro de campo. Na tarde desta quarta-feira (20), a CBF divulgou as gravações solicitadas pelo Galo e é possível entender que embora o VAR tenha achado pênalti em Ademir e chamado o lance para revisão, Claus preferiu manter sua decisão de campo.

A torcida do Atlético-MG se revoltou nas redes sociais ao escutar o áudio da gravação, muito exaltados, os torcedores questionavam a narrativa criada de que o Galo era um time chorão, que reclama demais da arbitragem.

Diálogo entre Raphael Claus e cabine do VAR em Atlético-MG X Botafogo (17/07/22)

VAR:  Primeiro tenho que ver quem é o último que toca na bola (…) está tendo contato. O último que toca na bola é o atacante (Ademir). Ele puxa com a perna. No momento do toque, a panturrilha é que toca na bola. O jogador (Keno) está à frente da linha da bola, é claro que é impedimento. O gol, quando sai, ele está em posição de impedimento.VAR: Claus, o gol, quando sai, o jogador está em posição de impedimento. Antes, acontece um penal. Você tem que vir checar se é penal ou não.

Claus: Mas eu falei que não é penal já.

VAR: Ok, Claus. 

Claus: Me dá uma câmera mais fechada para ver se tem braço ou alguma coisa. Braço não tem movimento de empurrão. Quero uma (câmera) lateral (…) para mim, é contato por disputa de espaço.

VAR: Lateral para ver o quadril. A coxa dele e o quadril dele atrás.

Claus: Ok, mas a coxa vai numa direção de bola. Tem contato lateral. Mas jogador mais valoriza do que… não tem empurrão, nem nada (…) ok, está em impedimento.

Presidente do Galo não se incomoda com fama de “chorão”

Em entrevista coletiva concedida nesta quarta-feira (20), o presidente do Galo, Sérgio Coelho, afirma que o clube está em seu total direito de reclamar com a CBF e que não vai se importar com as críticas de que vem recebendo por reclamar demais da arbitragem e de outros assuntos, uma vez que isso é um direito da instituição:

“O Galo, além de ter sido flagrantemente prejudicado no lance capital que culminou com a nossa eliminação na Copa do Brasil, vem sendo constantemente prejudicado de forma inacreditável no campeonato brasileiro. Portanto, reafirmo em alto e bom tom: não ficaremos calados! Seremos incansáveis nas reclamações, sempre que nos sentirmos lesados. Até porque, contra fatos não há argumentos. O que apresento aqui são fatos e não suposições, exceto para quem insiste em não reconhecer a verdade.”

Quem também deu declaração parecida foi diretor de futebol, Rodrigo Caetano, que no último domingo (17), afirmou que o clube não se incomoda com as críticas recebidas e que seguirá reclamando até que todos os problemas sejam resolvidos:

“Se houver interpretação que o Atlético só reclama, não nos importa. Não irão nos calar por meio dessa pressão. Chance zero. Toda vez que o Atlético se sentir prejudicado, e principalmente, determinados clubes tiverem suas reclamações atendidas pela comissão de arbitragem, e nós não, iremos falar. Se de repente tivermos que passar uma semana na CBF para ser atendido, iremos mudar, não tem problema não.”

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