Menos de 200 dias após deixar o Atlético, Cuca está de volta à Cidade do Galo para assumir o comando do time alvinegro até o fim da temporada de 2022. Quando comunicou sua saída no final de 2021, o treinador afirmou que precisava passar mais tempo com sua família.
Algo que parecia ser verdade, uma vez que ele chegou à ser especulado em diversos clubes não só do Brasil, como também de outros países, mas sempre negou qualquer contato garantindo estar focado em seu planejamento de cuidar da família e de um projeto social.
Apesar disso, a partir do momento em que o Atlético o procurou para uma possível volta, o treinador se mostrou aberto à um retorno e acabou oficializado como novo comandante alvinegro até o fim de 2022. Perguntado sobre o que o levou à aceitar a proposta do Galo, o técnico disse ter um sentimento de gratidão muito grande com o clube e que por conta disso, não poderia negar seus serviços à instituição:
“Eu nem assinei (o contrato) e nem estou preocupado com isso. Não é essa a razão que eu vim para cá, eu recebi um chamado do Rodrigo, dos diretores e eu não tive como negar. Se eu falasse não em um momento desses, em que o Atlético precisa de mim, eu acho que não seria justo com eles que tanto fizeram por mim. Não só os diretores, mas principalmente o Clube Atlético Mineiro, pelo que fez por mim em toda minha trajetória. A nossa história aqui é muito grande, muito bonita e eu venho para tentar contribuir da melhor maneira.”
Contratado até o fim de 2022, Cuca disse não pensar na próxima temporada e em uma possível extensão contratual, mas apenas em fazer o seu melhor para o clube até o fim do ano:
“Esse é o meu pensamento, não é em ano que vem, são nesses três meses e meio praticamente que faltam para acabar o ano. É buscar ao máximo concentração e desempenho individual que certamente vai virar coletivo.”
Cuca não está preocupado com seu legado e só quer ajudar o Galo
Outro ponto abordado pelo treinador é em relação à grande expectativa da torcida com seu retorno ao clube. Cuca garante que não está preocupado no que esse retorno pode significar para sua carreira, mas somente em ajudar ao Atlético:
“Eu não estou preocupado comigo, no que representa para mim em termos de carreira. Eu estou preocupado em fazer o Atlético ter um final de ano no melhor que possa estar dentro das duas competições (Brasileiro e Libertadores). Esse é o meu projeto.”
Por fim o novo comandante alvinegro foi perguntado se este é seu maior desafio em todas suas passagens pelo clube, algo que para ele é difícil de mensurar:
“É difícil dizer que hoje é o maior compromisso, a maior responsabilidade que eu tenho. Cada ano que a gente vem é uma história. Ter um Galo com 50 anos sem ganhar um brasileiro e poder conduzir esse time a uma conquista me arrepia até hoje. Esses trabalhos é que ficam, de lembrança boa. Agora, você não vive só de lembrança boa, você vive de presente também e construir o presente é a partir de hoje a tarde, começar a trabalhar com eles (atletas) para quem sabe a gente ter uma história mais bonita ainda no futuro.”
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