O volante Rafael Miranda era uma das grandes promessas da base do Atlético-MG no começo dos anos 2000. Conhecido como Xodó da Vovó, o zagueiro fez parte da campanha do título da Série B em 2006 e defendeu o Galo até 2009, quando foi emprestado ao Athletico Paranaense.
Em entrevista ao portal Superesportes, Rafael revela que quando Alexandre Kalil, assumiu o clube em 2009, ele vinha com uma mentalidade de mudar tudo em relação a outras gestões e ele, como um dos atletas mais antigos do grupo, acabou sendo mandado embora:
“Quando muda a gestão e entra o Kalil, ele já chegou querendo trocar tudo. Não queria quem vinha de 2007 e 2008, e eu era um dos mais velhos do time. Foi uma opção da diretoria em me liberar. Mas eu também percebi que não poderia entregar muito mais para o Galo.”
Apesar de perceber que não podia entregar muito mais ao clube, o volante conta que no início ficou bastante chateado por ter deixado o Atlético:
“Claro que no início é um choque, você fica chateado. Poxa vida, estou aqui me dedicando a tanto tempo. Às vezes não é da forma que a gente gostaria, altos e baixos, momento ruim e outro melhor, mas o meu comprometimento sempre foi o melhor possível. A tentativa de ser o máximo profissional possível. No início, você fica chateado, mas depois vai passando, começa a entender o lado do outro. O cara é diretor, está ali, quer o melhor para o clube, achou que não era o ideal.”
Alexandre Kalil queria ganhar a qualquer custo com o Atlético-MG
Por fim, Rafael conta como foi a convivência com Kalil, que para muitos, é o maior presidente da história do Atlético. Ele conta que Alexandre não era um cara que pensava muito no futuro, mas sim em ganhar no curto/médio prazo:
“O tipo de gestão dele é mais imediatista, de querer ganhar e fazer a qualquer custo, um bom elenco e vamos ganhar, meio que sem pensar muito no futuro. Uma escolha que acabou dando certo, na Libertadores (de 2013). Mas é um negócio pensado mais no presente, não a longo prazo.
Comentários estão fechados.