CEO do Atlético-MG abre o jogo e expõe grave situação financeira do clube

Ao podcast Dinheiro em Jogo, o CEO do Atlético-MG, Bruno Muzzi, explicou como está a situação financeira do clube. Ele também falou o quanto a venda do Dimamond ajuda o Atlético.

“A venda é de R$ 340 milhões, foi o que a Multiplan exerceu. E aí gente tem três frentes para atacar: o endividamento bancário, as dívidas com clubes que fazem pressão muito grande por questões de condenações na Fifa e penalidades esportivas, e tem as dívidas com agentes que é o dia a dia do futebol. Isso precisa também ser sanado”, disse o CEO.

Ele completou dizendo: “Quando você pega um endividamento de R$ 1,3 bilhão e tem R$ 340 milhões, que vai passar pela estratégia de negociação para ver quanto de fato conseguimos pagar de dívida e quanto conseguimos ter em economia.”

Muzzi também explicou sobre a situação das dívidas. “O endividamento bancário, eu particularmente acho muito difícil que a gente tenha qualquer tipo de haircut que a gente chama, porque são todos avalizados, é muito difícil. As questões de clubes, que são minoria, são condenações de Fifa que precisamos resolver e pagar logo. E as questões dos agentes, podemos buscar um acordo melhor. A gente dá uma organizada”, completou.

Importância da SAF

O CEO explicou como a SAF é importante para o equilíbrio de contas. “Mas um endividamento dessa magnitude, por mais que o tributário esteja organizado, ele não se resolve de um ano para o outro. São quatro ou cinco anos. E é aí que eu acho que, quando você consegue montar uma SAF e reduzir esse endividamento para uma estrutura de capital adequada, a gente consegue sim levar o clube de maneira sustentável e de forma competitiva”, finalizou.

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