Ex-jogador do Atlético-MG expõe bastidores e explica derrota do clube para o Raja Casablanca
O ex-lateral do Atlético-MG, Júnior César, em entrevista ao Superesportes, lembrou os bastidores do Mundial de 2013. Para ele, a preparação para o torneio fugiu daquilo que a equipe já vinha trabalhando, desde a conquista da Libertadores.
“Antes do Mundial, a preparação teve tantas coisas… Tudo que implantamos na caminhada da Libertadores, que unificamos, jogadores, comissão técnica, torcida, acho que fugiu um pouco no Mundial, porque foram muitas notícias, saída do Cuca, e a gente só estava com a cabeça no Bayern. A gente achava: ‘Não, é o Bayern’. Esquecemos que futebol se resume dentro de campo”, contou.
O ex-jogador falou que o foco no Bayern, tirou a concentração para a semifinal. “Tinha um time que não conhecíamos, mas sabíamos que era um bom time, que tinha capacidade. Mas de tanto falar Bayern, Bayern, não nos concentramos no adversário que você precisa passar primeiro para depois chegar ao Bayern, e ser surpreendido como fomos. Jogamos com o Raja Casablanca, que era um bom time, não era ruim”.
Porém, Júnior acredita que não houve menosprezo ao Raja Casablanca. “Nosso time não menosprezou o Raja. Eu acho assim: ‘Gente, a primeira final é o Raja’. É saber respeitar o time deles. Não desrespeitamos. ‘Vamos lá, ganhar do Raja e ir para a final’, não é isso. É entender que existe um compromisso para chegar à final. Nós não estávamos com essa mentalidade, por tudo que circulava naquele ambiente. Não estávamos 100% com a cabeça no Raja”.
Saída de Cuca
O ex-lateral do Atlético, também contou que a notícia precipitada sobre a saída do treinador, atrapalhou o ambiente. “Claro, houve muitas notícias, especulação. ‘O Cuca vai sair, já está certo’, pós-Mundial, como aconteceu. Mas isso saiu em uma hora errada. Foi falado em uma hora errada. Isso atrapalha uma preparação”.
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