Analista que trabalhou com Cuca revela possíveis motivos de falhas defensivas do Galo
Vivendo um ano quase impecável em 2021, o Atlético se destacou no topo das competições nacionais, saiu da fila de 50 anos sem conquistar o Campeonato Brasileiro, conquistou a Copa do Brasil e tinha um ataque e defesa que raramente cometia erros. No entanto, a nova temporada começou, o Galo teve que lidar com a troca de técnicos, e as falhas que eram quase invisíveis, começaram a ganhar evidência.
A defesa alvinegra foi a mais prejudicada e o analista de desempenho, Fred Fortes, que trabalhou no Atlético entre 2018 e 2022 contou ao jornalista Breno Galante em seu canal no Youtube, se a troca entre Cuca e Antônio Mohamed pode ter sido a causa da queda de rendimento. Fred ainda comparou a diferença entre os treinadores e como isso pode ter influenciado no time.
“Eu acho que a confiança e o momento pesam muito. No ano passado, o time estava encaixado. O Cuca trabalha com essa marcação encaixada. Quando vem um treinador novo, não estou criticando, mas o Turco tem ideias boas de marcação, que puxam para um jogo mais europeu com duas linhas mais próximas, mas os jogadores não adaptaram”, disse Fred.
O analista ainda ressaltou a readaptação enfrentada pelos jogadores diante de um modelo diferente. “No começo do Cuca, a gente via vários jogadores saindo para marcar individual e abrindo espaços”, disse. Os atletas precisaram lidar com a saída de Cuca após uma temporada gloriosa, a chegada de Turco Mohamed, com uma estrutura própria e a volta da primeira estratégia na metade da temporada.
“Um (técnico) marcava por zona e o outro marca individual. Com o Cuca, ano passado a gente tinha referências individuais, todo mundo sabia quem iria marcar antes do jogo, estava tudo estruturado. Aí vem o Turco, que não gosta do trabalho assim. Prefere duas linha de quatro e o jogador que passar no setor, vai pegar. E volta o Cuca, implementando novamente esses encaixes”, revela.
Fred Fortes comenta pressão da torcida sobre os jogadores
Por isso, na visão de Fred Fortes, a adaptação não é rápida e em relação às críticas da torcida, é nítido que os jogadores querem mostrar sua melhor versão, a versão do ano anterior. Acumulando duas eliminações em 2022, a equipe mineira segue em busca de se classificar par a Copa Libertadores de 2023 por meio das vagas do Campeonato Brasileiro.
“Não é automático (a mudança), os jogadores precisam de um tempo. E a necessidade de resultados, a pressão que eles têm para conseguir as vitórias, atrapalha. Eu tenho certeza que eles querem mostrar para o torcedor que eles são o mesmo time do ano passado, mas atrapalha”, completou.
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