Portal revela que Galo pagou valor milionário para dirigente
No Atlético-MG, Carlos Fabel atuava como diretor financeiro do clube entre junho de 2009 e janeiro de 2019 e durante todo o período recebeu R$ 20.903.933,28 como remuneração. Na sexta-feira (2), o site Goal divulgou que os valores foram distribuídos à três empresas que contam com o ex-dirigente como sócio: ART Sport, CASF Consultoria e Consultoria Pontual. Assim, Fabel comentou os serviços no Galo.
“Trabalhei no Atlético em um período glorioso. Período de troféus e vitórias. Quando eu cheguei ao Atlético, o clube estava sucateado. Tinha 183 processos na Serasa, 256 ações caminhando contra o clube, não tinha dinheiro para nada. Salários e décimo terceiro estavam atrasados. Implantei um plano de cargos e salários, convênio médico para todos os 600 funcionários, plano odontológico. Tinha FGTS atrasado desde 1992! Isso me assustou na época. Colocamos em dia. O Atlético tinha contas bloqueadas. Limpei os processos, as ações, e o Atlético voltou a ter crédito. Sou um profissional e tenho meu preço”, afirmou Fabel ao Goal.
Revelado pela reportagem, os pagamentos ao diretor financeiro do clube na época, contaram com um aumento, ao longo de três gestões diferentes. A primeira, iniciada por Alexandre Kalil (2009 a 2014), logo, no comando de Daniel Nepomuceno (2015 a 2017) e por fim, Sérgio Sette Câmara (em 2018 e 2019). Até o ano de 2015, a Consultoria Pontual contava com R$ 7.061.422,77.
Carlos Fabel tinha salário superior ao da média da Série A
De 2013 até 2015, a CASF Consultoria acumulou R$ 5.865.109,71, enquanto a ART Sport faturou R$ 7.977.400,80 de 2015 até 2019. Os pagamentos realizados pelo Atlético foram aumentando com o passar do tempo, e os maiores valores ficaram entre 2013 e 2015. No entanto, sofreram uma queda com início em 2016.
Ainda assim, mesmo revelando sua contribuição significativa ao Galo, Carlos Fabel apresentava um salário superior ao da média da Série A e era cadastrado como funcionário na base da folha de pagamentos do Atlético desde junho de 2009. No entanto, não possuía vínculo em regime CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) e recebia por meio de suas empresas. Naquele ano lucrou R$ 2 milhões.
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