Atlético-MG perdeu valor milionário em vendas por causa disso
Um estudo feito pela Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria) em pedido feito pela Ápice (Associação pela Indústria e Comércio Esportivo), mostra o quanto o Atlético-MG, e os clubes brasileiros em geral, perdem com a comercialização de camisas falsificadas. Segundo o levantamento, 37% das camisas vendidas, são produtos vindo da pirataria.
O especialista em direito desportivo e colunista do Lei em Campo, Rafael Marcondes, falou sobre o tema, e propôs uma solução.
“O problema da pirataria não é novo no Brasil nem no futebol. A mitigação desse problema depende de um conjunto de medidas, que para serem eficientes, devem ser aplicadas em conjunto. A pirataria já é crime tipificado no art. art. 184 do Código Penal e na Lei 9.279/96, que inibe a concorrência desleal. Sendo assim, o primeiro passo é aumentar a fiscalização, o que, consequentemente, requer mais investimentos em pessoal e inteligência artificial por parte do Estado”, afirmou.
Como exemplo, em 2021, foram vendidas algo em torno de 60 milhões de camisas de futebol no Brasil, sendo que 22 milhões, eram falsificadas. Segundo Gabriel Coccetrone, colunista do UOL, “O faturamento das empresas com o comércio de materiais esportivos, incluindo agasalhos e tênis, foi de R$ 9,12 bilhões em 2021. O prejuízo é quase o mesmo: R$ 9 bilhões.”
Advogada fala sobre o problema
Juliana Avezum, advogada especialista em direito desportivo e propriedade intelectual, falou sobre o papel do torcedor, contra a pirataria.
“O desafio é grande porque são diversos fornecedores: ao eliminar um, outro surge no cenário. Além desse trabalho de fiscalização, é importante conscientizar o torcedor sobre os prejuízos que isso traz ao clube. Enquanto as pessoas estiverem comprando produtos falsificados, haverá alguém disposto a atuar neste mercado”, disse.
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