Justiça toma atitude para prender ex-jogador do Galo

O ex-jogador do Galo, Robinho, condenado na Itália a nove anos de prisão por violência sexual em grupo, teve o pedido de extradição, feito pelo Ministério da Justiça italiano, encaminhado ao Brasil. Vale lembrar que não é permitido no nosso país a extradição de cidadãos.

Em janeiro, quando Robinho foi condenado pela Corte de Cassação da Itália, última instância do judiciário local, Jacopo Gnocchi, advogado da vítima, fez um apelo à Justiça brasileira. Confira:

“Mais de 15 juízes analisaram o caso em primeira, segunda e terceira instância e confirmaram o relato da minha cliente. Agora é preciso ver como será o cumprimento dessa pena, o Brasil é um grande país e espero que saiba lidar com essa situação. Para nós, a sentença deve ser cumprida. Se fosse na Itália, ele iria para a prisão. Agora a bola estará com o Brasil, que tratará isso com base na sua Constituição”, disse.

O caso

O crime foi cometido no dia 22 de janeiro de 2013, na Sio Café, uma conhecida boate de Milão. Robinho, seu amigo Ricardo Falco e outros quatro brasileiros, segundo a denúncia da Procuradoria da cidade, participaram da violência sexual contra uma mulher de origem albanesa.

Em outubro de 2020, o Globo Esporte teve acesso a conversas telefônicas do jogador com amigos. Confira um trecho:

  • Robinho: Eu tô com medo se os caras me chamarem para depor, eu não sei, tomara Deus que, o meu medo é esse, o meu medo é sair na imprensa. “Amigos de Robinho estupraram menina lá na Europa”, meu medo é esse.
  • Amigo 1: Nossa.
  • Robinho: Ó a falha, ó a falha, foda mano, tô com a cabeça um trevo aqui mano.
  • Amigo 1: Agora até a minha ficou. Se sair no Globo.com cai todo mundo por tabela.

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