O Galo caminha a passos largos para se tornar SAF (Sociedades Anônimas do Futebol), assim como outros grandes clubes do Brasil. Até o momento, apenas RB Bragantino e Botafogo, na Série A, aderiram ao processo.
Coritiba, América, Atlético e Athletico-PR estão em meio a negociações com fundos de investimento. Porém, ainda há clubes no Brasil que são totalmente contrários a ideia da SAF: Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Santos, Flamengo, Grêmio e Internacional.
O economista, consultor de Gestão e Finanças do Esporte e sócio da consultoria Convocados, César Grafietti, explicou que virar clube-empresa, passou a ser uma fundamental para o Atlético.
“A transformação em SAF hoje virou quase como necessidade. Caso contrário fica quase impossível resolver os problemas de endividamento do clube. E ela fica necessária e pior, por mais que o clube tenha valor, ele será usado para diminuir a dívida. A gente está falando de dívida de R$ 1,3 bilhão. Com uma receita de R$ 350 milhões. Hoje é necessário, por conta desse embróglio que se tornou as dívidas do clube, a trasnformação em SAF para equacionar as dívidas do clube“, disse.
Campo e extra-campo interligados
Grafietti também falou sobre como o desempenho de 2022 prejudicou a saúde financeira do alvinegro. “Ano passado o time foi bem no Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores, fez um bom dinheiro. Isso acabou compensando os gastos que foram feitos durante o ano. Em 2022, o clube não foi bem e certamente vai passar por desafios grandes. Porque as dívidas crescem, o nível de receita será menor, a quantidade de vendas de atletas será menor. O mercado demanda sempre atletas jovens. O clube tem uma quantidade de atletas com idade que o mercado demanda menos.”
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