Rubens Menin revela motivo do Atlético precisar da SAF

A expectativa e ansiedade dos torcedores do Atlético para 2023 são enormes, especialmente por ser o ano que marcará a realização do sonho de grande parte dos torcedores apaixonados por futebol, a inauguração de seu estádio próprio, a Arena MRV. No entanto, além disso, o clube mineiro deve passar por uma mudança importante, a transformação do clube em SAF (Sociedade Anônima do Futebol), principalmente diante da dívida global que ultrapassou a casa de R$ 1,3 bilhão.

Rubens Menin, um dos 4R’s do Galo, investidor e membro do órgão colegiado, revelou a importância da SAF para a equipe mineira, além da venda de 49,9% do shopping Diamond Mall por R$ 340 milhões, diante de uma dívida que gera um custo anual de R$ 150 milhões. “A SAF será fundamental não só para ajudar a quitar dívidas do Atlético que são ruins, mas para ter investimentos no futebol”, disse Menin.

Os juros das dívidas impedem um investimento maior dentro de campo, já que seu pagamento não diminui a dívida em seu total, uma espécie de desperdício. “A segunda venda (do Diamond) foi para diminuir as nossas dívidas. A SAF não é mágica. A dívida do Atlético é grande, vem crescendo. O que mais machuca o Atlético são os custos financeiros. Uma dívida de R$ 1 bilhão custa R$ 150 milhões de juros por ano”, completou Menin em entrevista ao jornalista Breno Galante, no Youtube.

Opiniões contrárias à SAF são minorias no Conselho do Galo

A SAF, mesmo presente em alguns clubes do Brasil como o próprio rival do Atlético, o Cruzeiro, ainda é uma experiência de sucesso incerta, principalmente para clubes da Série A do Campeonato Brasileiro, por isso, ainda gera divergências e dúvidas. O processo e as informações sobre a SAF do Galo ainda devem ser passadas oficialmente pelo Conselho Deliberativo com o intuito de aprovar (ou não) a adesão à Lei do clube-empresa, além de permitir a venda de ações da SAF para um futuro interessado. 

No entanto, desde o início das conversas, Rubens Menin se mostra positivo quanto à transformação, e afirma que a maioria dos conselheiros estão declarando apoio à SAF, além do que os votos contrários seriam mínimos. “Sei de quatro conselheiros que estão contra a SAF. Conversamos com todos eles. Todo mundo quer, apoia. Por isso falo que o Conselho está pacificado. São 400 conselheiros. Acredito que a SAF não tem oposição no Atlético”, declarou.

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