Ídolo de rival do Galo foi preso e agora vai jogar no futebol cearense

Ainda em 2010, um caso chocou o futebol brasileiro, quando o goleiro Bruno, que tinha passagens por Flamengo, Galo e Corinthians, foi preso pelo assassinato de Eliza Samudio. A condenação repercutiu a nível mundial, especialmente por ter proporcionado a morte da mulher com quem tinha um filho, Bruninho. No entanto, mesmo diante do crime, o jogador ainda não se distanciou do futebol.

Na época, Bruno recebeu uma condenação de 20 anos e 9 meses de prisão por homicídio triplamente qualificado e sequestro e cárcere privado de seu filho com Eliza. Agora com 38 anos, foi anunciado como destaque pela diretoria do Orion FC, clube que disputará a Super Copa Pioneer. No entanto, a conta por seus atos foi colocada novamente à mesa e a organização do torneio emitiu uma nota surpreendente.

Durante a competição é permitido a todos os clubes que realizem o cadastro de novos jogadores, no entanto, exclusivamente para Bruno, o clube foi impedido de colocá-lo na disputa. A organização do torneio não fugiu da responsabilidade e definiu a proibição em apoio às mulheres que trabalham para que a Super Copa Pioneer aconteça, devido a sua condenação.

Super Copa Pioneer Netshoes lança nota sobre Bruno

Eliza desapareceu em 2010 e seu corpo nunca foi encontrado. O futebol é um esporte que ultrapassa gerações, alcança grande visibilidade e deve dar um exemplo positivo à sociedade. A atitude do torneio Super Copa Pioneer Netshoes foi extremamente elogiada, principalmente por milhares de mulheres que atuam em diversos setores do esporte.

“Afirmamos que o atleta não disputará a Super Copa Pioneer Netshoes. Ainda que o regulamento permita a inscrição de jogadores no decorrer do campeonato, ressaltamos que em nenhum momento o jogador foi autorizado a disputar a competição, sem nenhuma inscrição oficial aprovada ao time responsável. Decisão essa tomada com unanimidade pela organização e corpo diretivo da competição, e que se faz necessária, sobretudo em prol de todas as mulheres que compõem a Super Copa Pioneer Netshoes, desde profissionais, voluntárias e torcedoras. Repudiamos qualquer tipo de violência e aceitar sua participação seria extremamente danoso aos princípios e valores do torneio”, afirmou o comunicado.

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