A dívida do Galo cresceu em 2022 e atualmente está acima de R$ 2 bilhões. Esse montante engloba tanto obrigações em nome da associação civil, cujas demonstrações contábeis estão prestes a serem divulgadas pelo clube, quanto o endividamento adquirido para a construção do estádio.
De acordo com os critérios adotados pela diretoria do Atlético em seu balanço, a dívida do clube se aproxima de R$ 1,57 bilhão, tendo aumentado em cerca de R$ 259 milhões em relação ao ano anterior, sobretudo devido aos altos custos do departamento de futebol e aos juros incidentes sobre as dívidas. O valor correspondente ao endividamento para a construção da Arena MRV está registrado em um balanço separado, pertencente à empresa responsável pela administração do estádio.
De acordo com informações divulgadas pelo Globo Esporte em setembro de 2022, o Galo precisou contrair novas dívidas no valor de R$ 440 milhões para finalizar a construção do empreendimento. O agravamento da situação financeira tem impacto negativo no plano de criação da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) e, consequentemente, na possibilidade da venda do clube.
A SAF
O Atlético-MG está em processo de negociação com investidores, com destaque para o americano Peter Grieve, que está mais avançado nas conversas. Veja o plano:
- 51% das ações da empresa pelo investidor, com compromisso de pagamento das dívidas de curto prazo;
- os mecenas do clube converteriam suas dívidas em capital e passariam a ter 15% das ações;
- os 34% restantes continuariam com a associação.
Até o momento, não há planos de suspender o projeto de criação da SAF no Alvinegro. No entanto, se as negociações com investidores estrangeiros não avançarem, a diretoria tem um “plano B” que envolve a criação da empresa com a participação de investidores locais.
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