O pedido de demissão do treinador Eduardo Coudet pode ser visto sob diversos espectros. Ainda mais por conta do imediatismo. Acredito que quase nenhum torcedor do Atlético-MG esperava um desfecho de trabalho agora. O Galo está a seis pontos do líder Botafogo, no Brasileirão, e praticamente encaminhado às Oitavas de Final da Copa Libertadores.
O comandante, porém, determinou que não aguentava mais a diretoria do Atlético-MG. Depois de empatar em 1 a 1 com o RB Bragantino, Chacho se reuniu nos vestiários com o elenco e o dirigente Rodrigo Caetano para criticar quem não cumpriu a promessa de fortalecer o Galo. Caetano chegou a rebater as falas do argentino, mas não teve jeito.
O anúncio oficial por parte do Atlético-MG saiu na tarde de domingo sem muita enrolação: “O Galo informa que: 1. Ontem, dia 10/06/2023, no vestiário do Mineirão, após o jogo contra o Red Bull Bragantino, pelo Campeonato Brasileiro, o treinador Eduardo Coudet comunicou a todos os presentes sua decisão de sair do Clube; 2. Diante do fato, Coudet não é mais o nosso treinador.”
Grana ao Galo
O detalhe agora, muito importante, não é apenas o substituto no comando técnico. A multa rescisória de Eduardo Coudet, no contrato gira em torno de R$ 30 milhões a depender do tempo de trabalho. As últimas informações apontam que o Atlético-MG tem cerca de R$ 16,7 milhões a receber.
O Galo já planeja acionar Chaco na Justiça e, aparentemente, não haverá tanto imbróglio. Aliás, acordo é acordo. A multa rescisória segurou Coudet no cargo depois da polêmica na derrota para o Libertad, do Paraguai, na estreia da Fase de Grupos da Libertadores, além de deixar o Atlético-MG “na mão” do argentino.
Desta vez, o cenário é diferente porque o pedido chega do próprio técnico, que não fica no Galo. Uma fonte até afirmou, antes do anúncio oficial, o fato de não haver mais ambiente para a permanência. Todo mundo se sentiu desconfortável com Coudet.
Comentários estão fechados.