Atlético-MG teve jogadores envolvidos em esquema de apostas
No testemunho prestado ontem, perante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados, que tem como objetivo investigar casos de manipulação de jogos de futebol, um dos principais indivíduos envolvidos no escândalo afirmou que atletas de três dos principais clubes do país estavam envolvidos em esquemas ilícitos. O Atlético-MG foi citado pelo ex-jogador do Vila Nova-GO, Romário.
Ele foi convocado para prestar depoimento perante a CPI a respeito de seu suposto envolvimento em atividades ilícitas e negou veementemente ter recebido qualquer valor dos manipuladores de jogos com a intenção de fraudar partidas. Quando questionado se tinha conhecimento de outros jogadores envolvidos em esquemas similares, o meio-campista afirmou não estar ciente de nomes específicos, mas mencionou alguns clubes.
“De Goiás, não. Mas de outros estados, sim. Jogadores não chegaram a falar nomes, mas falaram dos clubes. Cruzeiro, Avaí, Santos e, na época, Atlético Mineiro. Eles chegaram a falar e me mandar vídeo dos caras“, disse.
No dia 29 de maio, Romário compareceu ao Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e recebeu a pena máxima de banimento do futebol, considerada a mais severa para o caso em questão. Seu julgamento ocorreu com base nos artigos 191, III parágrafo; 242; 243 §§1º e 2º; e 243-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).
Galo fez palestra para jogadores
No mês passado, o Galo promoveu uma palestra com seus jogadores abordando o delicado tema da manipulação de resultados no futebol. Esse assunto tem ganhado destaque no esporte devido à operação Penalidade Máxima, conduzida pelo Ministério Público de Goiás, que investiga possíveis casos de envolvimento de jogadores em esquemas de adulteração de jogos para fins de apostas esportivas.
Comentários estão fechados.