O jornalista especializado em negócios do esporte, Rodrigo Capelo, em sua coluna no jornal O Globo, fez alguns comentários a respeito da possível SAF do Atlético-MG. Veja:
“Quando Menin emprestou ‘zilhões’ para que o Galo fosse campeão e doou um terreno para construir o estádio, ele dava início à compra do futebol alvinegro. (…) De lá para cá, o bilionário aniquilou o adversário político Alexandre Kalil e conduziu narrativas a respeito da gestão, por meio de ‘influenciadores amansados’ e das mídias convencionais. Ele é dono da rádio Itatiaia e do canal de notícias CNN Brasil. Não há plano B, nem contestação.”
O modelo
No último dia 30, o projeto da SAF do Galo passou por atualizações significativas. Durante a reunião do Conselho Deliberativo, o colegiado apresentou um modelo inovador que pretende seguir, algo inédito no futebol brasileiro.
A SAF seguirá uma divisão específica: 25% dos direitos pertencerão à associação, enquanto os outros 75% serão da Galo Holding. Tanto a Arena MRV quanto o Centro de Treinamento (CT) farão parte do processo, com a mesma proporção de 3/4.
A Galo Holding será composta por um grupo de empresários atleticanos, juntamente com um investidor nacional registrado sob CNPJ. Entre os torcedores envolvidos, estarão os conhecidos 4 R’s – Rubens Menin, Rafael Menin, Ricardo Guimarães e Renato Salvador -, que já têm desempenhado um papel de mecenas no clube.
Para adquirir a maior parte (75%) da SAF, a Galo Holding realizará um investimento inicial de R$ 913 milhões. Além disso, a empresa assumirá a responsabilidade total da dívida do clube, que está avaliada em R$ 1,8 bilhão.
Dos R$ 913 milhões do investimento inicial, R$ 313 milhões serão destinados a liquidar os empréstimos concedidos pelos mecenas ao Atlético. Dessa forma, restarão R$ 600 milhões para serem direcionados aos cofres da SAF. Parte desse valor será utilizado para quitar outras dívidas pendentes, enquanto o restante será utilizado para fins operacionais.
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