No contexto da transição para se tornar uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF), o Atlético-MG agendou uma reunião com representantes de torcidas organizadas do clube, com o objetivo de promover transparência e diálogo. O encontro está marcado para essa sexta-feira (14), com início às 10h, na sede em Lourdes, e contará com a presença do CEO Bruno Muzzi e membros da diretoria.
No dia 20 de julho, está agendada a votação dos conselheiros para decidir a aprovação ou não do modelo de SAF proposto. Esse processo envolve a formação de um grupo de investidores, que inclui os membros do colegiado conhecidos como 4Rs.
Na véspera da votação no Conselho Deliberativo, algumas torcidas organizadas estão planejando uma manifestação na sede do clube. É importante ressaltar que, para a aprovação da transformação, é necessário que dois terços dos 420 conselheiros votem a favor.
O aporte inicial
Um aspecto importante é o investimento inicial que será realizado. Atualmente, a dívida total do Alvinegro ultrapassa a marca de R$ 1,8 bilhão, e com a entrada dos investidores na SAF, esse valor seria reduzido pela metade, ou seja, uma diminuição de R$ 915 milhões.
No entanto, é importante destacar que não seria necessariamente aplicado todo esse valor, mas sim R$ 600 milhões. O restante seria utilizado para quitar as dívidas do clube com os mecenas Rubens Menin, Rafael Menin, Ricardo Guimarães e Renato Salvador, que farão parte do grupo conhecido como Galo Holding.
“Esse aporte inicial de R$ 915 milhões já contempla R$ 315 (milhões) de conversão da dívida deles, que abate diretamente na dívida do Atlético, então é um aporte mesmo, que você acaba retirando a dívida. São R$ 600 milhões que vão direto para o caixa do clube, para que ele possa fazer a gestão financeira de todo o endividamento, que a SAF passa a ser a responsável pela associação”, disse Muzzi, em entrevista a rádio Itatiaia.
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