Arquiteto da Arena MRV revela o segredo do novo estádio do Galo
A Arena MRV tem a intenção de não favorecer em nada os oponentes. Além da sua proximidade da torcida em relação ao campo, criando um autêntico ambiente fervoroso, o estádio também foi projetado para abafar os cantos dos adversários.
O projeto de isolamento sonoro, de acordo com o arquiteto Bernardo Farkasvolgyi, responsável pelo design do estádio, foi concebido para permitir que apenas os cantos da torcida do Atlético sejam ouvidos. Para alcançar esse efeito, o campo foi posicionado o mais próximo possível da arquibancada, seguindo as normas da Fifa.
A distância entre as laterais da arquibancada e o campo é de apenas oito metros, enquanto nas áreas atrás dos gols essa distância aumenta para dez metros. Além disso, na parte dos visitantes, foi implementado um sistema projetado para reduzir a projeção dos cantos rivais.
“Existe uma lã de vidro que, dependendo do volume em que é usada, juntamente com os componentes para a construção do teto, retorna ou segura o som. Quanto mais lã, menos o som volta. Lá (no setor destinado às torcidas rivais), colocamos muita lã, aqui (nos setores destinados aos atleticanos), menos lã. A ideia é que a torcida adversária só ouça a do Atlético cantando“, disse Bernardo Farkasvolgyi.
E os pontos cegos na Arena MRV?
Vários testemunhos de torcedores que estiveram presentes no evento “Lendas do Galo”, realizado no dia 16 de julho, destacaram a potencial presença de áreas de visão limitada na Arena MRV. As reclamações vieram principalmente em uma das laterais do campo próxima à bandeira de escanteio, onde a visão do gol ficaria comprometida.
No entanto, o arquiteto enfatiza que uma das abordagens para resolver essa questão é a sensibilização mútua, envolvendo tanto a conscientização da administração da arena quanto a iniciativa dos próprios torcedores. Ele finaliza dizendo que a área terá seguranças para orientar os torcedores a não ficarem na frente do vidro.
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