O processo para a transição da SAF requer tempo e muito dinheiro envolvido e a prova disso é o Atlético-MG. Após a aprovação da passagem para clube-empresa, o Galo detalhou uma dívida bilionária, correspondendo a maior do futebol brasileiro. No entanto, os representantes alvinegros afirmaram que há ainda uma quantia de R$ 134 milhões para quitar com a União até o ano de 2034.
Sobretudo, a dívida total do Atlético-MG corresponde a R$ 1,8 bilhão. Todavia, as questões tributárias dos parcelamentos correspondem a R$ 300 milhões. Por outro lado, somente com o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), o clube precisa quitar quase R$ 140 milhões, que não estavam no caminho do Galo.
Em resumo, essa quantia no valor de R$ 134 milhões é originária de abril de 2021. Durante a pandemia, o Governo Federal instituiu o PERSE com a finalidade de auxiliar nos impactos ocasionados pela COVID-19. Nesse ínterim, o Atlético-MG repassou parte dos parcelamentos do Profut para o novo programa.
Apesar do valor alarmante, o alvinegro está em dia com a quitação dos quatro parcelamentos. Sobretudo, até mês de setembro, o Galo pagou o equivalente a R$ 7.185.275,59 da dívida, restando em aberto R$ 126 milhões de um total de R$ 133.812.773,65.
Processo da SAF do Galo
O Fórum SAF 2023 reuniu diversas autoridades e representantes de sociedades anônimas de futebol. Marcando presença por meio de vídeo conferência, o acionista do Galo, Rubens Menin, fez fortes declarações sobre as projeções para o futuro do Brasileirão.
Sobretudo, oficialmente o Galo ainda não é SAF, mas teve aprovação do Conselho para o departamento de futebol ser associado ao clube-empresa. Para Menin, em cerca de uma década a elite do futebol brasileiro terá de 12 a 14 equipes jogando em alto nível, tornando assim, uma liga de extrema dificuldade.
Rafael Menin defende que a transição para a SAF é vista como algo necessária. Na visão do empresário, a passagem para clube-empresa valoriza o futebol nacional. Sobretudo, muitos jogadores que são revelados no Brasil acabam sendo vendidos para outros países. No entanto, os projetos da SAF buscam colocar o país como centro de importação de atletas e não apenas o contrário.
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