Governo não quer nem saber e decide prejudicar o Atlético-MG
Enquanto alguns clubes no Rio de Janeiro têm recebido apoio da Prefeitura para a construção de novas instalações, como centros de treinamento e até mesmo estádios, o Atlético-MG não obteve esse tipo de suporte para a construção da Arena MRV. Um exemplo recente e notável é o caso de São Januário, o estádio do Vasco, que já possui um projeto de modernização em sintonia com o prefeito Eduardo Paes (PSD).
No Rio de Janeiro, Flamengo e Fluminense chegaram a um acordo para compartilhar o Maracanã, enquanto o Botafogo planeja a construção de um novo centro de treinamento na cidade. Em São Paulo, Palmeiras e Corinthians realizaram adaptações em suas arenas e o Santos está avançando com obras de revitalização na Vila Belmiro.
No entanto, a situação foi bem diferente para a Arena MRV. Enquanto clubes de outras cidades receberam apoio da administração pública, a prefeitura de Belo Horizonte impôs várias exigências e contrapartidas para a liberação das obras, que totalizaram um valor inicial estimado de R$250 milhões.
Atlético-MG e as contrapartidas
A situação envolvendo a nova casa do Atlético-MG também foi objeto de investigação por meio de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) chamada de “CPI do Abuso de Poder”. A investigação tinha como objetivo apurar se as contrapartidas impostas pela administração de Alexandre Kalil, ex-prefeito de Belo Horizonte, foram estabelecidas com o intuito de dificultar o progresso das obras.
Em julho, o relatório final da CPI foi aprovado. O clube se pronunciou sobre as exigências feitas pela Prefeitura de Belo Horizonte durante a gestão de Kalil no ano passado, argumentando que as mais de 100 contrapartidas impostas tinham valores excessivamente elevados e eram completamente desproporcionais em comparação com qualquer outra arena construída no Brasil.
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