Justiça obriga Ronaldinho a quebrar o silêncio e realidade vem à tona
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras, que também é conhecida como CPI das Criptomoedas, aprovou na semana passada um pedido para a quebra do sigilo bancário e fiscal do ex-jogador Ronaldinho Gaúcho e seu irmão Roberto de Assis Moreira. O pedido foi feito pelo deputado federal Ricardo Silva (PSD-SP).
A CPI está investigando a empresa 18k Ronaldinho por suspeita de operar um esquema de pirâmide que alegava oferecer retornos de até 400% ao mês por meio de investimentos em criptomoedas. O “bruxo” escolheu não responder às perguntas sobre a promessa de lucro durante o depoimento.
Ronaldinho alegou que sua imagem foi utilizada de forma indevida pela empresa. Ricardo Silva indagou se o ex-camisa 10 do Galo tomou alguma medida legal para abordar essa questão, e ele afirmou que não tomou nenhuma providência jurídica nesse sentido.
Logo depois, o relator exibiu campanhas publicitárias da Ronaldinho 18k estreladas pelo ex-jogador e as caracterizou como “criminosas”. Na peça em que a empresa promete uma rentabilidade de 400%, o relator questionou se o ex-atleta buscou medidas legais junto à Justiça para abordar esse problema.
“Vou ficar em silêncio”, disse Ronaldinho.
Ronaldinho se justifica
Em seu depoimento, ele alegou que não é um dos fundadores nem um sócio da empresa Ronaldinho 18k. O craque explicou que, inicialmente, assinou um contrato com uma empresa chamada 18k Watch Corporation para licenciar sua imagem, visando a criação de uma linha de relógios.
Em 2019, ele teria firmado um contrato com a empresa 18k Watch Comércio Atacadista e Varejista de Negócios. Nesse acordo, cedeu temporariamente os direitos de uso de sua imagem, nome, assinatura, apelido e som de voz para a promoção de uma empresa de marketing multinível.
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