Ministério Público pede a prisão imediata de Robinho no Brasil
Muitos jogadores possuem tudo nas mãos e desperdiçam uma carreira promissora por atitudes descompensadas. Após ser denunciado por estupro, Robinho viu sua trajetória no esporte ser manchada devido à tamanha crueldade. No entanto, após dez ano de impunidade, o Ministério Público Federal defendeu o cumprimento no Brasil da pena de nove anos de prisão do ex-jogador.
Denunciado em 2013, somente em 2017 Robinho foi condenado por seus atos de violência sexual. Entrando na justiça para reaver a decisão, o processo do ex-jogador do Galo passou por todas as instâncias possíveis. Em contrapartida, por ter sido cometido na Itália, o governo europeu não pôde prender o jogador, uma vez que o Brasil não permite a extradição de brasileiros.
Empenhados em fazer Robinho pagar por seus crimes, a justiça italiana persistiu e teve o apoio do MPF, que concordou com o pedido de fazer com que o ex-atacante cumpra a pena no Brasil. Segundo o subprocurador da República, Carlos Frederico dos Santos, a decisão foi tomada pois, “respeita tanto a Constituição Federal quanto o compromisso de repressão da criminalidade e de cooperação jurídica do país”.
Apesar da decisão, a argumentação do Ministério Público Federal será avaliada pelo Superior Tribunal de Justiça. Lutando para reverter a situação, a defesa do ex-ídolo do Santos alega que as provas apresentadas pela justiça italiana foram arbitrárias as regras demarcadas pela brasileira.
Entenda o caso envolvendo Robinho
O episódio ocorreu na madrugada do dia 22 de janeiro de 2013, em Milão, na Itália. Na ocasião, Robinho e um grupo de amigos estavam presentes na boate Sio Café, prestigiando um de seus colegas cantar. No entanto, um mulher albanesa, que comemorava seu aniversário de 23 anos, acabou tendo aquela data marcada em sua memória de forma repugnante.
Robinho, juntamente com mais cinco amigos estupraram a mulher. Com a denúncia da moça, as autoridades italianas começaram as investigações e comprovaram a presença do ex-jogador no crime. Dos estuprados, quatro retornaram ao Brasil e acabaram não sendo processados. Por outro lado, o atacante e seu amigo Falco foram julgados pela justiça da Itália, que condenou, em 2020, os réus a nove anos de prisão.
Morando no Brasil, Robinho segue em liberdades, já que a Constituição não permite a extradição de brasileiros. Apesar das tentativas de sair impune, o ex-jogador pode cumprir a pena no país, desde que o STJ homologue a decisão italiana. Enquanto isso, todos os que tiveram participação no estupro coletivo seguem vivendo suas vidas com tranquilidade.
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