Em outubro deste ano, o Atlético destinou mais da metade do capital inicial recebido da SAF para quitar dívidas junto a instituições bancárias. Em uma declaração à imprensa nesta terça-feira (12), o CEO Bruno Muzzi revelou que o clube conseguiu liquidar R$ 300 milhões em débitos desse tipo desde então.
A quantia corresponde a uma proporção superior a 50% do montante total investido pela SAF no mês de outubro, quando a Galo Holding aportou R$ 506 milhões. Apesar disso, aproximadamente R$ 400 milhões em dívidas com instituições bancárias ainda permanecem, totalizando cerca de R$ 700 milhões.
A quitação das dívidas bancárias foi estabelecida como uma prioridade pelo Atlético desde o momento em que a venda das ações da SAF foi confirmada. Os juros associados a esses empréstimos foram identificados como fatores determinantes para o aumento do endividamento nos últimos anos.
De acordo com as estimativas do Galo, o pagamento de R$ 300 milhões nos últimos meses resultou em uma economia de R$ 54 milhões, representando o valor dos juros que seriam pagos ao longo do ano que vem. Além dos aproximadamente R$ 400 milhões que ainda estão pendentes em dívidas com instituições bancárias, o clube ainda enfrenta compromissos financeiros relacionados ao Profut, e também a passivos provenientes de processos trabalhistas.
Diante desse contexto, o Atlético busca reorganizar sua situação financeira, com o objetivo de reduzir as taxas de juros e estender os prazos de pagamento. A administração da SAF e da associação planeja realizar uma atualização nos próximos meses para calcular de forma mais precisa as dívidas atuais do clube.
As eleições no Atlético
No decorrer desta terça-feira (12), o Atlético está envolvido em um novo processo eleitoral, e com a inscrição de apenas uma chapa, o presidente Sérgio Coelho será reconduzido ao cargo e liderará o Alvinegro pelos próximos três anos. Sua responsabilidade incluirá a gestão da Associação, detentora de 25% do clube, enquanto os restantes 75% são de propriedade da SAF.
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