Diretoria do Galo bate o martelo e dá o veredito sobre gramado sintético na Arena MRV
A grama sintética vem sendo duramente criticada por parte dos times que disputam a Série A. Enquanto alguns afirmam que o sintético potencializa lesões, outros acreditam que as partidas ganham melhor qualidade. Enfrentando problemas com a Arena MRV e os estragos causados com os recorrentes shows, a diretoria do Galo decidiu adotar a implementação do gramado sintético, mas voltou atrás.
Segundo o CEO da Arena MRV, Bruno Muzzi, os danos causados no gramado natural da nova casa do Atlético-MG seria solucionado a longo prazo com a adoção do sintético. Todavia, o Galo precisaria de uma liberação legal para trocar o tapete em um prazo de cerca de 60 dias para a instalação. No entanto, com o Campeonato Mineiro se iniciando no início de janeiro, a medida não será sacramentado em tempo hábil.
– “Acho muito difícil a gente parar (os jogos) no meio da temporada para resolver isso. Então, esse ano nós vamos conviver com o problema. Tentar minimizar os shows grandes. Vocês viram como ficou a grama depois do Paul McCartney? Destruiu. Então a ideia é essa. É difícil cravar que a gente não consiga mexer em 2024, mas agora o planejamento é esse” – explicou o CEO ao O Tempo.
Em resumo, o impedimento para o Atlético aderir ao gramado sintético está interligado ao Plano Diretor de Belo Horizonte, que obriga o clube a ter um percentual de taxa de permeabilidade no terreno. Por estar com as possibilidades escassas, é esperado que a mudança ocorre apenas a partir da temporada 2025.
Clubes contra a adoção do sintético
Muitos clubes do futebol nacional querem solicitar judicialmente a proibição de gramas sintéticas no Brasil. Sobretudo, Flamengo e Fluminense encabeçam o movimento, uma vez que não compactuam com a implementação do artefato nos estádios. No país, apenas Botafogo, Palmeiras e Athletico-PR dispõem da alta tecnologia em seus gramados.
Segundo apurações dos jornalistas Gabriel Reis e Renan Moura, o objetivo é fazer com que a grama artificial seja proibida a partir de 2025 ou 2026. Em resumo, os clubes acreditam que a temporada 2024 se aproxima e por isso não há tempo necessário dos demais times se adequarem às mudanças. É válido destacar ainda, que além do fator lesão, outro ponto levantado é que em campeonatos de ponta, não há a adoção do sintético.
No mais, para que a proibição entre em vigor, é necessário que a maioria dos clubes se juntem a Fluminense e Flamengo para a realização de reunião com a CBF. Em contrapartida, a entidade federativa sequer chegou a barrar as solicitações de Botafogo, Palmeiras e Athletico-PR, acreditando que a qualidade da modalidade seria beneficiada.
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