Robinho quebra o silêncio e alega ter sido vítima de racismo

O ex-atacante Robinho, condenado a nove anos de prisão pela Justiça italiana por estupro coletivo, quebrou o silêncio declarando sua inocência. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidirá nessa quarta-feira (20) se ele deve ou não cumprir a pena no Brasil, em virtude da participação, conforme a Justiça italiana, no estupro coletivo de uma jovem albanesa em uma boate em Milão, na Itália.

Durante uma entrevista concedida à atriz e apresentadora Carolina Ferraz, na TV Record, o ex-jogador declarou que teve apenas um encontro “leve e superficial” com a mulher que o acusou, e ressaltou que seu maior equívoco foi trair sua esposa, mas destacou que foi perdoado por ela em 2014, quando o incidente veio à tona. Além disso, ele criticou a Justiça italiana, alegando que foi vítima de racismo e que suas evidências foram desconsideradas.

“(…) E cansei de ver provas de racismo com companheiros meus, companheiros próximos, o que acontecia com Mario Balotelli, jogador negro e sofria com isso, jogava para defender a Seleção Italiana. Infelizmente isso tem até hoje. O que a Justiça Italiana fez em relação a isso? Os mesmos que não fazem nada com esse tipo de ato, que eu repudio o racismo, são os mesmos que me condenaram. Estava ali um negro, sem voz, sem falar nada…”, disse Robinho.

A condenação de Robinho

Em dezembro de 2020, Robinho foi condenado a nove anos de prisão devido ao caso de violência sexual envolvendo uma jovem de origem albanesa em 2013, que teria acontecido em uma boate na Itália. Em janeiro do ano passado, sua condenação foi confirmada pela mais alta instância da Justiça italiana, e cerca de um mês depois, em 16 de fevereiro, foi emitido um mandado de prisão internacional.

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