Milito revela sentimento frustrante que enfrenta dentro do Atlético

Ao longo de sua trajetória nas finais da Copa Libertadores e da Copa do Brasil, o Atlético se destacou por adotar diferentes estilos de jogo, o que permite compará-lo a um camaleão. No início de sua passagem pelo clube, o técnico Gabriel Milito priorizava uma abordagem ofensiva, mas essa estratégia evoluiu ao longo do tempo.

O Galo tem mostrado um desempenho defensivo sólido quando joga fora de casa, enquanto na Arena MRV adota uma postura mais ofensiva, gerando bons resultados. Esse padrão se repetiu na última terça-feira (29), quando o time garantiu sua classificação no torneio continental ao empatar em 0 a 0 com o River Plate no Estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires, após uma vitória de 3 a 0 no jogo de ida.

Durante a entrevista coletiva pós-classificação a final, Milito detalhou os motivos pelos quais o Atlético se ajusta a cada jogo. Ele destacou que, além do calendário, o contexto específico de cada confronto também influencia essas adaptações.

“O futebol cada um sente, e tudo o que se sente tentamos transmitir aos jogadores. Dentro disso, há melhores e piores momentos. É impossível sustentar uma temporada tão cheia de jogos no futebol brasileiro, e manter um nível que todos querem, mas que é muito difícil de alcançar permanentemente”, disse Milito.

Milito faz história

Com essa classificação para a final, Milito encerrou um jejum de 50 anos, já que desde 1974, nenhum treinador argentino havia alcançado a decisão da Libertadores com um clube brasileiro. Naquela época, José Poy foi finalista e ficou com o vice-campeonato ao comandar o São Paulo, que foi derrotado pelo Independiente-ARG.

A conquista do “hermano” não é notável apenas pelo jejum citado, mas também pelo seu lugar na história da competição. Desde o lançamento do torneio em 1960, ele se tornou apenas o quarto treinador argentino a alcançar a final com um clube brasileiro.

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