Jornalista solta o verbo e destrói a Conmebol após casos de racismo
Na última terça-feira (27), o Atlético-MG enfrentou a última rodada da fase de grupos da Copa Libertadores da América, garantindo diante do Libertad, a vaga para as oitavas de final. Mesmo com o empate em 1 a 1, a classificação era motivo de comemoração para a Massa Atleticana, no entanto, a partida terminou com mais uma lamentável cena de racismo, acompanhada pela Conmebol.
Após a classificação, o goleiro Everson foi alvo de atos racistas de parte da torcida do Libertad. Nas gravações feitas pelo próprio Atlético, é possível acompanhar os torcedores imitando um macaco, em direção ao goleiro. No entanto, não é a primeira vez que o clube mineiro enfrenta situações como esta na Libertadores, algo criticado pelo jornalista Milly Lacombe, no Uol.
“O que está sendo feito não está funcionando, o que está sendo feito é multa, ou seja, a Conmebol está lucrando com o racismo, até agora foi isso que aconteceu, multa. Então se você comete um ato racista, a gente ganha dinheiro, uma multa para um clube não é nada, então, não está funcionando. O que vai ser feito? Vamos sentar e tentar entender, eu acho que o time que o torcedor que comete racismo, o time tem que ser eliminado”, iniciou.
Jornalista cita medidas para atos racistas
O primeiro ato racista enfrentado pelo Atlético na Libertadores de 2023, foi diante do Carabobo, na chegada do ônibus do Galo ao estádio. Na época, os gritos também direcionavam aos brasileiros, os gritos de “macaco”. A atitude parece não ter punição, por isso, ainda é comum encontrar racistas entre os torcedores de diversos cantos do mundo. Para Milly, a solução não está no marketing da Conmebol.
“Ah, Milly, mas isso é muito radical. Não, gente, radical é o racismo. Qualquer medida que você tome para combater o racismo não é radical, e o que a Conmebol está fazendo não está funcionando, a luta contra o racismo tem que sair do departamento de marketing: não é hashtag, não é slogan, não é faixa, não deu, não rolou. O que vamos fazer? Eliminar time, jogar com portão fechado, não sei, mas até aqui não funcionou; muito pelo contrário, os racistas estão nos desafiando, porque eles estão fazendo com mais regularidade”.
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