Advogado especialista não se intimida e fala a verdade sobre a SAF do Galo
O Galo está na iminência de se tornar SAF e falta apenas detalhes para que o modelo seja adotado pelo alvinegro ainda em 2023. Pensando nisso, um advogado atleticano especialista, Jarbas Lacerda, falou sobre o processo no clube. Jarbas é professor universitário, especialista em direito público, mestre e doutorado em direito constitucional em Buenos Aires.
O advogado tirou todas as dúvidas sobre o processo e explicou como deve ser feito no Galo, já que será um modelo muito diferente dos modelos de SAF feitos no Brasil atualmente.
“Existem 2 tipos de SAF, o do City é como o Bragantino, ninguém prepara ele pra ser campeão, não importa o resultado no final do ano. Botafogo também, o Textor não liga pra classificação do clube, o importante é se manter na Série A”, disse.
“O Atlético inicialmente precisa de organização e planejamento, antes da SAF… O que está sendo feito no futebol brasileiro hoje é errado, os clubes estão se entregando pra ter uma gestão decente, isso pode ser feito sem uma SAF”, completou.
O principal foco da SAF para o Galo é sem dúvidas o pagamento das enormes dívidas que o clube possui, ultrapassando valores bilionários, que acabam gerando uma série de dúvidas na cabeça dos torcedores. Jarbas falou sobre o processo e ainda alfinetou as outras SAF do Brasil, que venderam quase que sua totalidade para o comprador.
“O Atlético está tentando seguir o caminho de amortizar a dívida com a SAF para evitar os condomínios de credores no futuro. Se você acha que a SAF vai institucionalizar o calote, vai tirando o cavalinho da chuva, todas as dívidas estão lá e aos poucos vão ser cobradas”.
“Se você entrega ali 90% do clube, fora as péssimas negociações onde os clubes estão tendo que pagar as próprias contas com o rendimento, ou seja, sem aporte financeiro. Isso é péssimo para os clubes, é o morto tendo que se sustentar sozinho”, finalizou.
Vale lembrar que a SAF do Galo deve ser feita em um modelo de investidor, não de dono do clube. Por isso, será feito a venda de 51% das ações do clube para um possível investidor, que segundo o GE será negociado no valor de 800 milhões de reais, tendo o clube ainda uma parte das ações e o Conselho Deliberativo representando o Atlético nas decisões.
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