Antigo papai do Cruzeiro não dá conta e corre sério risco financeiro

O CSA, carrasco do Cruzeiro nos últimos anos, está enfrentando desafios significativos fora das quatro linhas, já que apesar do bom desempenho na Série C, que o tirou da zona de rebaixamento, os bastidores do clube continuam tumultuados. Nesta última quarta-feira (10), credores envolvidos no processo de recuperação judicial do time solicitaram o afastamento dos dirigentes devido ao atraso na prestação de contas.

De acordo com os credores que protocolaram uma petição na 3ª Vara Cível da Comarca de Maceió, a diretoria do clube alagoano falhou em enviar aos administradores do processo de recuperação judicial os dados financeiros referentes aos meses desse ano. Eles também afirmam que o relatório abrangendo o período de julho a dezembro do ano passado só foi entregue tardiamente, em março de 2024.

Ontem, o CSA emitiu um comunicado informando que foram identificadas pendências na prestação de contas e que o clube está trabalhando para finalizar o processo junto à contabilidade. Veja um trecho:

“(…) A nova gestão, que assumiu no mês de abril, vem trabalhando em contato permanente com a contabilidade anterior para sanar todas as pendências, que hoje se resumem a alguns documentos e extratos junto às instituições financeiras, para o fechamento completo de 2023, e sequência de 2024, que estarão sanadas nos próximos dias, e informadas oficialmente ao juízo da recuperação judicial pelos advogados do clube”.

Em julho do ano passado, o CSA teve seu pedido de recuperação judicial aceito pela Justiça, permitindo assim iniciar o processo de reestruturação financeira. Com uma dívida estimada em cerca de R$ 20 milhões, o clube optou por essa medida jurídica para evitar possíveis bloqueios de seus recursos.

“Rivalidade” com o Cruzeiro

Desde 2019, ano de rebaixamento do Cruzeiro, o CSA vem sendo uma “pedra no sapato” da equipe celeste. De lá pra cá, foram oito confrontos, com apenas uma vitória da Raposa, quatro da equipe de Alagoas e três empates.