Atitude da torcida contra o Atlético-MG foi parar no STJD
O Atlético-MG foi denunciado pela Procuradoria do STJD devido aos episódios de violência registrados durante a final da Copa do Brasil, na qual o Flamengo saiu vitorioso no último domingo (10). O clube foi acusado com base em dois artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva e corre o risco de perder o mando de campo por até 10 partidas.
Enquanto o julgamento não é marcado, a Procuradoria solicitou a interdição da Arena MRV e que o Galo realize seus jogos como mandante em outro estádio, sem a presença de público. O árbitro Raphael Claus descreveu os incidentes no relatório da partida.
STJD em análise
A análise da denúncia ficará a cargo de Luis Octavio Veríssimo, presidente do STJD. O confronto, em que o Flamengo venceu por 1 a 0, foi marcado por atos de violência, como o lançamento de bombas e outros objetos no campo, além de tentativas de invasão.
Na denúncia de 17 páginas, acompanhada de imagens das cenas violentas, os procuradores Paulo Dantas, Mariana Andrade Rabelo, Eduardo Araújo e João Marcos Siqueira relatam o arremesso de quatro bombas durante a partida. Uma delas inclusive atingiu o fotógrafo Nuremberg Maria José, que foi ferido no pé e precisou passar por uma cirurgia.
Os procuradores também destacaram como um indicativo da falha na capacidade de garantir a segurança do evento o episódio em que torcedores apontaram lasers nos olhos do goleiro do Flamengo, Rossi, durante a partida. A denúncia também descreve a tentativa de invasão de um indivíduo logo após o gol do Rubro-Negro e, posteriormente, no final da partida, a tentativa de invasão por um grupo maior de torcedores do Atlético-MG.
“As gravíssimas falhas do clube mandante ao não prevenir e conter imediatamente os atos de violência e de enorme desordem […] corroboram a existência de risco concreto, que somente será afastado quando houver a comprovação da tomada de medidas logísticas, estruturais, administrativas e disciplinárias necessárias para fins de manutenção da segurança do estádio”, escreveram os procuradores.
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