Atlético-MG esteve presente em reunião que discutiu o futuro do futebol brasileiro

O Atlético-MG marcou presença em reunião da Liga Forte Futebol do Brasil (LFF) que falou sobre a criação da Liga do Brasil, que propõe ser única e independente da CBF, com times da Série A e B do Brasileirão. Nesta terça-feira, a comissão a qual o Galo faz parte expôs os números de receitas e da divisão delas entre os clubes. Além disso, a parceria com a XP Investimentos foi anunciada.

 A comissão é formada por Mario Bittencourt, Mario Celso Petraglia, Sergio Coelho, Marcelo Paz, Alessandro Barcelos, e Marcos Salum, presidentes de Fluminense, Athletico-PR, Atlético-MG, Fortaleza, Inter e América Mineiro.

O assunto que mais gera controvérsia entre os clubes é a divisão de receitas de direitos de TV entre os clubes. Para o presidente do Fortaleza a má distribuição das receitas é um dos fatores que corroboram com a precariedade da visibilidade exterior do campeonato como produto.

“Esse desequilíbrio afugenta os investidores. O futebol brasileiro não é conhecido no mundo inteiro. Os países não conhecem nossas marcas. Eles conhecem a seleção brasileira. A ideia é fazer todo o bolo crescer com a melhor divisão de receitas”, argumentou o presidente do Fortaleza, Marcelo Paz.

A LFF propôs uma divisão similar a de grandes Ligas no mundo como, por exemplo, a Premier League: 45% divididos de forma igualitária, 30% sobre performance e 25% por apelo comercial. Assim, a diferença entre a divisão dos grupos nunca será maior que 3,5 vezes.

“Precisamos olhar para frente e decidir se vamos ser uma das três maiores ligas do mundo, seguindo os modelos que geraram sucesso no mundo todo, ou se vamos ficar discutindo como manter o futebol brasileiro como mero exportador de talentos, tentando manter os privilégios gerados pelo modelo atual”, afirmou o presidente do Fluminense, Mario Bittencourt.

Uma das principais lideranças, Petraglia, presidente do Athletico-PR usou o clube como exemplo, já que é o único que não tem acordo com o Grupo Globo. “A nossa intenção é crescer as receitas. Se não tivermos esse limitador decrescente, as distâncias ficarão cada vez maiores. Está provado que performance em campo é diretamente proporcional ao fluxo de caixa. Queremos igualdade, não diferenças absurdas. O Athletico-PR não vendeu os direitos para a Globo porque o Flamengo deve faturar R$ 160 milhões no Pay-per-view e a nos caberiam R$ 2 milhões”, justificou, fazendo a comparação entre os valores.

No entanto, a meritocracia foi defendida por alguns, como Edgar Diniz, sócio da LiveMode, empresa que auxiliar os clubes da LFF.

“Quem tem mais ganha mais. Mas olhando pros dados históricos, essas diferenças nunca serão como no PPV. Isso gera estímulo positivo para que os times aumentam a atratividade, melhora audiência e melhora o produto. Ai a gente sai desse ciclo vicioso. A distribuição meritocrática vai ser melhor pra todo mundo”, defende Edgard.

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