Atlético-MG falhou pesado para reduzir as dívidas do clube
Em abril de 2021, o Atlético-MG divulgou o seu plano de recuperação financeira, que incluía medidas para a redução da dívida líquida nos próximos anos. No entanto, de acordo com o balanço financeiro de 2022, o valor da dívida do clube aumentou de R$ 1.209 bilhão em 2020 para R$ 1.571 bilhão.
No Galo Business Day de 2021, o diretor de administração e finanças do Galo, Paulo Braz, apresentou o projeto da equipe para redução da dívida líquida. A meta era encerrar 2022 com R$ 731 milhões em débitos.
“Um plano para mudar este estado de coisas: atacando o endividamento, reduzindo-o, mudar o perfil da dívida, examinar a possibilidade de vender ativos para pagar dívidas do passado, estabelecer limites na folha de pagamento e para investimento em atletas e, principalmente, investir mais e buscar dinheiro na base, fazendo com o que os atletas da base estejam mais presentes no plantel …“, disse, na época.
A dívida
De acordo com o próprio clube, a dívida líquida é de R$ 1,571 bilhão, mas o valor de R$ 440 milhões do empréstimo para finalizar as obras na Arena MRV não foi incluído. Esse passivo será divulgado em demonstrativo contábil separado para o estádio – tal valor será pago em breve, com o dinheiro das vendas das cadeiras cativas e dos camarotes da nova casa alvinegra.
Se tomarmos em conta os dados fornecidos pelo Atlético, houve um incremento de R$ 259 milhões, equivalente a um aumento de 19% em relação a 2021. Desse montante, R$ 104 milhões correspondem a juros, R$ 112 milhões a aquisição de atletas e R$ 29 milhões a provisões para contingências, além de R$ 14 milhões não especificados – bom ressaltar que a taxa média de juros é de 18% ao ano.
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