Atlético-MG sofre com dívidas e inicia processo para se tornar SAF

Além das novidades oficiais sobre as contratações do zagueiro Jemerson, revelado nas categorias de base do clube, e do atacante Alan Kardec para reforçar a temporada, o Atlético-MG anunciou nesta quinta-feira (30), a contratação de duas empresas para acompanhar e estudar à fundo, as propostas e planejamentos em relação à Sociedade Anônima do Futebol (SAF).

O próprio clube informou que existe um “crescente interesse de investidores nacionais” e a busca por essas empresas no momento, ajudarão o Galo nos avanços das conversas com o intuito de, “selecionar àquelas que sejam mais interessantes economicamente e que tragam maior ganho estratégico para a Instituição”.

Em março de 2022, o Atlético esteve em conversas com o Grupo City, que demonstrou interesse na possível venda da SAF do clube, mas os valores não agradaram o clube mineiro. Nas conversas, o City, responsável por administrar diversos clubes pelo mundo, inclusive o gigante Manchester City, acenou uma avaliação de R$ 1 bilhão por 51% das ações.

Rubens Menin comenta sobre patrimônios do Atlético

Antes mesmo que as conversas com as empresas responsáveis pela SAF fossem firmadas, um dos maiores investidores do clube, Rubens Menin, comentou sobre sua visão, em relação ao planejamento, e explicou que mesmo diante das dívidas, o time mineiro possui um patrimônio muito extenso, diferente de muitos clubes brasileiros.

“Nós estamos estudando um caminho de vender só o elenco, a marca, e deixar fora da SAF o patrimônio, que seria a Arena MRV e o centro de treinamento. Tem um modelo. Evidente que a SAF vale menos, mas ficamos com o patrimônio do outro lado. Também acho que não venderíamos – igual a outros clubes – 80%, 90%, o Atlético não quer fazer isso, quer preservar a associação. Isso está sendo modelado, não está definido”, explicou Menin.

Na época da fala, o Atlético ainda não havia entrado em discussão sobre a venda do restante do Shopping Diamond Mall, 49,9%, que foi definida para quitar parte das dívidas onerosas do Atlético. A primeira parte da venda, foi necessária para o início das obras da Arena MRV, estádio do Galo com previsão de inauguração para 2023.

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