Atlético Mineiro acelera o passo e prepara venda da Galo Holding
O Atlético Mineiro passou por uma reestruturação financeira significativa. Um dos pontos principais dessa operação é que a Galo Holding agora detém 75,3% da SAF (Sociedade Anônima de Futebol), com o clube ficando com os demais 24,3%. A operação visa a infusão de R$ 600 milhões na instituição, além da conversão das dívidas do clube e da migração total do endividamento, que soma R$ 1,5 bilhão.
De acordo com os documentos, 68% da Galo Holding será controlada pelos “2 R’s”, com outros 10,2% pertencendo a “Ricardo G”. Extraindo as informações difusas é fácil deduzir-se que eles são Rubens e Rafael Menin no controle, com Ricardo Guimarães tendo um pedaço menor em troca dos empréstimos realizados ao Galo. Renato Salvador, o quarto R, atual VP do Conselho, não se encontra presente.
Como será a divisão das ações?
Cerca de 11% será do Fundo de Investimentos Galo, o FIGA, que é o veículo direcionado para que os torcedores interessados possam participar da SAF, sendo o mínimo de investimento de R$ 1 milhão. Outros 11% são do “FIP Vorcaro”, que se refere a um Fundo de Investimento administrado pelo Banco Master, cujo CEO é o empresário e torcedor roxo do Galo, Daniel Vorcaro. Febração esta que marcou a primeira vez em que o nome do banqueiro apareceu em um documento oficial do SAF do Atlético-MG.
A Galo Holding implementará seu próprio acordo de acionistas, formando um conselho de administração composto de sete membros não remunerados. Quatro destes serão indicados pelos 2 R’s, e os outros três veículos, Ricardo Guimarães, FIP Vorcaro e FIGA indicam um membro do conselho cada.
Estão previstas proteções para acionistas minoritários e majoritários?
Sob um plano de interação empresarial, o FIGA e os controladores da Holding participarão em regime de “tag along” e “drag along”. Estes termos referem-se a possíveis cenários de venda de ações e são medidas protetivas para acionistas minoritários e majoritários, respectivamente. No caso de um “tag along”, se o acionista majoritário vender suas ações, as ações minoritárias poderão ser vendidas em valores e condições proporcionais. Já um “drag along” protege os acionistas majoritários, obrigando as ações minoritárias a serem vendidas também, caso eles optem por vender suas partes na empresa.
As perspectivas para o futuro do clube são promissoras, com a estimativa de se fechar o exercício de 2023 com R$ 517 milhões de receitas brutas e um EBITDA projetado em R$ 17 milhões. A injeção de capital soma, ao final do processo, R$ 913 milhões, consolidando, assim, um imenso esforço financeiro para construir uma base sustentável para o Atlético-MG.
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