CBF libera áudio do VAR e fala de Raphael Claus vai te deixar boquiaberto
O último lance da vitória do Atlético por 1×0 sobre o Botafogo gerou muitas polêmicas, isso porque o árbitro Raphael Claus não só anulou o gol marcado por Keno, como optou por não ir ao monitor checar um possível pênalti em Ademir no começo da jogada.
Após o fim do jogo, muito irritados, os dirigentes do Atlético pediram a liberação do áudio da cabine do VAR com o árbitro de campo. Na tarde desta quarta-feira (20), a CBF divulgou as gravações solicitadas pelo Galo e é possível entender que embora o VAR tenha achado pênalti em Ademir e chamado o lance para revisão, Claus preferiu manter sua decisão de campo. Confira o diálogo:
- VAR: Primeiro tenho que ver quem é o último que toca na bola (…) está tendo contato. O último que toca na bola é o atacante (Ademir). Ele puxa com a perna. No momento do toque, a panturrilha é que toca na bola. O jogador (Keno) está à frente da linha da bola, é claro que é impedimento. O gol, quando sai, ele está em posição de impedimento.VAR: Claus, o gol, quando sai, o jogador está em posição de impedimento. Antes, acontece um penal. Você tem que vir checar se é penal ou não.
- Claus: Mas eu falei que não é penal já.
- VAR: Ok, Claus.
- Claus: Me dá uma câmera mais fechada para ver se tem braço ou alguma coisa. Braço não tem movimento de empurrão. Quero uma (câmera) lateral (…) para mim, é contato por disputa de espaço.
- VAR: Lateral para ver o quadril. A coxa dele e o quadril dele atrás.
- Claus: Ok, mas a coxa vai numa direção de bola. Tem contato lateral. Mas jogador mais valoriza do que… não tem empurrão, nem nada (…) ok, está em impedimento.
Atlético-MG na bronca com comissão de arbitragem da CBF
Após os recentes episódios envolvendo o Atlético-MG e a arbitragem brasileira, o clube achou por bem convocar uma coletiva de imprensa para falar sobre o assunto. Em pouco mais de uma hora de conversa, o presidente do Galo, Sérgio Coelho deu um discurso reclamando sobre as decisões de campo que tem prejudicado o alvinegro e sobre a postura da comissão de arbitragem em relação à não só o Atlético, como outros clubes:
“Eu confio muito no presidente Ednaldo, ele tem demonstrado ser um homem do diálogo, um homem sério, e que administra à CBF com muita competência.[…] Nosso diálogo com a CBF é muito bom. Conversamos com o presidente, conversamos com os dirigentes e funcionários, não temos nenhum problema. Somos muito bem recebidos e eles nos escutam. O nosso único problema é com o órgão da comissão de arbitragem”.
Sérgio ainda destaca a dificuldade para se falar com Wilson Seneme, presidente da comissão de arbitragem:
“Na CBF referente à comissão de arbitragem, nós não somos ouvidos, como a maioria dos outros clubes. Essa dor não é só do Atlético não, é a dor da grande maioria dos clubes da Série A e da Série B. Não se conversa na CBF, na comissão de arbitragem. Ninguém tem o telefone do presidente da comissão de arbitragem”.
O presidente também deu uma forte declaração onde afirmou que Seneme não tem condições para chefiar a comissão de arbitragem da CBF:
“No nosso entendimento, o senhor Wilson Seneme está no lugar errado. Sua postura não condiz com o cargo que ocupa. Falo pelo celular com qualquer presidente de clube no Brasil, com o presidente da CBF e da Conmebol, mas, com o presidente da comissão de arbitragem, não consigo falar. Eu e a maioria dos clubes”.
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