CPI de Abuso do Poder chega até a Arena MRV

O Atlético-MG vive uma das temporadas mais marcantes de sua histórica, dando mais um importante passo no futebol brasileiro, com a construção de seu estádio próprio, a Arena MRV. O local vem sendo pensado desde 2013, quando o Atlético levantou a primeira taça da Copa Libertadores, e já possui quase 100% de conclusão. No entanto, ainda encontra problemas com as obras viárias.

Por isso, o CPI do Abuso de Poder decidiu estudar de maneira mais consistente, a denúncia sobre as exigências de contrapartidas para a construção da Arena MRV, quando a prefeitura de Belo Horizonte ainda estava ao comando do ex-prefeito Alexandre Kalil (PSD). Vale ressaltar que Kalil foi presidente do clube mineiro e diretor de futebol do Galo, algo que deixa um questionamento ainda maior.

De acordo com a Rádio Itatiaia, nesta segunda-feira (29), dois pedidos foram aprovados para intimar o arquiteto que guiou o projeto da Arena MRV, Bernardo Farkasvolgyi, além do CEO da nova casa do Galo, Bruno Muzzi, para que possam esclarecer as informações sobre as contrapartidas. O principal intuito é descobrir se as contrapartidas são justas, ou são acima do normal.

Atlético cita reclamação sobre exigências

A principal desconfiança é em relação às divergências políticas do ex-prefeito Kalil, em relação à nova diretoria do Atlético. Enquanto Farkasvolgyi deve garantir o depoimento na Câmara Municipal já na quinta-feira, dia 1º de junho, Muzzi deve dar seu depoimento no dia 15 de junho. Ainda em 2022, o clube mineiro citou as cobranças desproporcionais.

“As mais de 100 contrapartidas exigidas pela PBH para a construção da Arena MRV têm valores exorbitantes e completamente desproporcionais em relação a qualquer outra arena erguida no Brasil. Via de regra, projetos dessa envergadura, geradores de emprego e renda (notadamente no período de pandemia), recebem apoio e até incentivos do poder público. Não foi isso o que aconteceu aqui. Pelo contrário. Usou-se o empreendimento e seus apoiadores financeiros para que se resolvesse problemas históricos da região, como o de obras estruturantes viárias, que deveriam ter sido realizadas pelo poder executivo municipal”, disse o Atlético. 

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