Edenilson marca pelo Internacional e comemora igual ídolo do Galo

Em mais um possível caso de racismo no futebol brasileiro, um protesto aconteceu dentro de campo, após gol de Edenilson, contra o Independiente Medellín, ele comemorou com punho cerrado, gesto dos Panteras Negras, símbolo antirracista. A acusação foi para Rafael Ramos de proferir palavras racistas na disputa entre Inter e Corinthians.

A situação ainda não foi esclarecida e ainda repercute no meio jurídico. A Polícia Civil iniciou uma investigação sobre o ocorrido, mas acabou liberando Rafael Ramos após o pagamento da quantia exigida para fiança. A comemoração com punho cerrado, ficou muito conhecida no futebol, após comemorações de Reinaldo, grande ídolo do Atlético Mineiro.

Edenilson, se emocionou em campo, e relembrou os momentos de Reinado, que precisou enfrentar muitas situações extra-campo, por consequência de seus gestos. Foi um dos maiores artilheiros do Atlético e sempre que marcava um gol, o “rei”, como é chamado, levantava o braço e cerrava o punho. Uma simples manifestação, que trazia grandes significados.

Reinaldo foi duramente castigado pela comemoração

Um dos grandes motivos, além do antirracismo que defendia, era a crítica ao Regime Militar Brasileiro. Reinaldo marcou 288 gols com a camisa do Galo, e por entradas maldosas de rivais, ele precisou se aposentar aos 28 anos, após cinco cirurgias no joelho.

Mesmo estando no auge da sua carreira, trazendo números impressionantes e sendo um dos maiores jogadores daquela época, por levantar uma bandeira tão polêmica, e ser tratado com enorme desconfiança, não foi convocado para a Copa do Mundo de 1982, por Telê Santana. Assim como hoje, todos sabiam que seu nome de fora da lista, significava uma ameaça.

O maior artilheiro do antigo Mineirão, precisou abrir mão de muitos sonhos, para defender uma causa que não deveria existir nem no futebol, nem na vida. Não basta não praticar o racismo, as pessoas devem ser contra ele.

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