Entenda como goleada sofrida para o Cruzeiro mudou a história do Galo
Um dos capítulos mais doloridos da história do Atlético-MG é a goleada por 6×1 sofrida para o maior rival Cruzeiro na última rodada do Campeonato Brasileiro de 2011. Naquele ano, ambos clubes lutavam contra o rebaixamento, mas um vitória por 4×0 sobre o Botafogo na 37º rodada fez com que o Galo chegasse já garantido na Série A de 2012 para o confronto decisivo contra o rival.
A Raposa por sua vez, precisava vencer o Atlético para se garantir na primeira divisão e quando à bola rolou, atropelou o alvinegro, fazendo 4×0 ainda no primeiro tempo e mais dois gols na etapa final. Réver marcou o gol de honra do Galo.
Até hoje o 6×1 é motivo de piadas para os cruzeirenses, que jamais deixarão os rivais esquecer este dia. Apesar disso, o técnico Cuca, que estava no banco de reservas do alvinegro naquele dia, considera que a goleada foi fundamental para à mudança de patamar do Atlético nos últimos anos:
“A gente se revolta com tudo, porque que aconteceu isso? E como a gente fala: ‘ tudo que Deus faz é bom’. Se naquele ano não tivesse ocorrido aquela goleada, provavelmente no outro ano iam ser mantidos aqueles jogadores que ajudaram a salvar o Galo da segunda divisão. Com aquela goleada, foram trocados 16 jogadores e dos 16 que vieram, a gente conseguiu fazer um Campeonato Brasileiro maravilhoso, ser campeão Mineiro e dar uma melhorada no outro ano para ganhar a Libertadores. São coisas que aconteceram em cima daquele fator que foi à goleada no último jogo.”
Embora como citado pelo treinador diversos jogadores tenham deixado o clube após o 6×1, outros ficaram em Belo Horizonte e conseguiram não só dar a volta por cima, como marcaram seu nome na história do Galo. Além de Cuca, Réver, Leonardo Silva, Pierre e Bernard, estiveram em campo naquele dia e depois se redimiram conquistando à Copa Libertadores de 2013.
Cuca sofreu grande pressão em primeira passagem no Galo
O treinador ainda relembra que quando chegou à Cidade do Galo em 2011, o ambiente era bastante diferente do encontrado em 2021 e em 2022. Ele conta que teve que lidar com uma pressão muito grande e que mesmo tendo salvado a equipe do rebaixamento, ainda precisou tentar explicar a goleada sofrida para o rival:
“Em 2011 quando eu vim, a gente estava na zona de rebaixamento, é muito difícil lidar com aquela situação. Tem que ter uma carcaça grande para aguentar uma pressão igual a gente viveu. Quando a gente foi goleado pelo nosso arquirrival, no último jogo e o mundo cai nas costas da gente, mesmo que a gente tivesse se salvado, você não encontra justificativas, explicações para nada.”
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