Ex-volante do Cruzeiro trai o clube e revela paixão pelo Atlético-MG
Valdir Toddynho foi um dos grandes nomes do Atlético-MG na década de 1990, campeão da Copa Conmebol em 1992 e parte da equipe vice-campeã brasileira em 1999. Mesmo sendo um dos grandes nomes do Galo, o volante chegou a jogar no Cruzeiro em 1997. Em entrevista ao portal Superesportes, o ex-jogador revela que foi parar na Toca da Raposa por intermédio de Levir Culpi, com quem tinha trabalhado no Atlético:
“O Cruzeiro foi jogar o Mundial lá (no Japão, em 1997). Conversei um pouco com o Zezé (Perrella), com o Alvimar (Perrela, ambos ex-dirigentes do Cruzeiro). Na época, meu sogro estava aqui (em Belo Horizonte) e foi procurar o Atlético (para negociar um retorno). O técnico era o (Emerson) Leão, em 1997, mas ele não ficou muito interessado na minha volta. Depois, o Levir assumiu o Cruzeiro e me ligou: ‘Gostaria de contar com você aqui no Cruzeiro’. Levir teve um peso muito grande para me trazer para o Cruzeiro. ”
Apesar de ser identificado com o Galo, Valdir revela que sempre foi muito respeitado pela torcida do Cruzeiro e que não ficou nenhuma mágoa por parte da torcida atleticana por ter jogado no rival:
“Como eu já morava aqui em BH, falei: ‘Vou para o Cruzeiro’ Mas fui bem respeitado. A torcida do Atlético entendeu, a do próprio Cruzeiro também.”
A relação com o Atlético acabou atrapalhando Valdir em ter sequência na Raposa, uma vez que a direção do clube optou por o dispensar sob as alegações de que ele era atleticano, algo confirmado pelo ex-atleta:
“O Levir me queria, mas o Alvimar e o Zezé falaram que ‘não’: ‘Não, não vamos ficar com ele, porque ele é atleticano’. Falaram para o Levir, depois fiquei sabendo. […] Se eu tivesse ficado mais um ano no Cruzeiro, talvez teria mudado. Mas não tinha identificação (com o Cruzeiro), tinha mais com o Atlético. E eles (dirigentes do Cruzeiro) tinham razão. Eles tinham razão, porque eu gostava muito do Atlético. Não tinha como não gostar, fui ídolo.”
Toddynho aceitou reduzir salário para retornar ao Atlético-MG
Uma vez que foi liberado pelo Cruzeiro, Toddynho teve seu caminho livre para retornar ao Galo, algo que o deixou muito feliz, ao ponto de não se importar em reduzir seu salário:
“Foi a oportunidade, quando o Nélio Brant era presidente (do Galo): ‘Ah, vocês não vão aproveitar o Valdir, então vamos trazer para o Atlético de novo'[..]Na época, para ir para o Atlético, tive que baixar bastante o salário, porque no Cruzeiro ganhava mais. Mas não fiquei chateado. Fiquei muito contente, porque chegamos às finais, joguei mais um ano, em 2000. Hoje, sou atleticano de coração.”
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