Falência? Bastidores mostram Cruzeiro sofrendo para pagar as contas
De acordo com um trecho da série documental “A Virada”, que mostra os bastidores do Cruzeiro, o clube não tinha recursos financeiros no dia 19 de setembro de 2022 para pagar os salários do mês seguinte. Esse problema financeiro se agravou após o rebaixamento em 2019 e a permanência na Série B em 2020 e 2021.
No episódio quatro, Raphael Vianna, diretor financeiro da Raposa, discutiu com outros dirigentes a necessidade de obter um empréstimo com o Banco BMG para pagar os salários da comissão técnica e dos jogadores em outubro daquele ano. “Com o que tem, a gente sobrevive até 30 de setembro. Para pagar a folha [de outubro], não temos dinheiro, mas vai entrar o dinheiro do BMG na quarta ou quinta-feira, se tudo der certo… em cima do laço“, disse.
Déficit surreal
Em 2022, o Cruzeiro manteve sua sequência de cinco anos consecutivos com déficit nas finanças. Essa marca é pouco comum no futebol brasileiro, mas a situação piora quando se observa que a soma dos resultados negativos dos balanços do clube desde 2018 chega perto de R$ 1 bilhão.
Nos últimos cinco anos, o rival do Galo acumulou um prejuízo de R$ 872,9 milhões em suas finanças. Como efeito de comparação, o América também está no sinal vermelho durante esse período, mas com um valor muito menor, de R$ 55,9 milhões.
No primeiro ano de Ronaldo Fenômeno como gestor, o clube já acumulou um prejuízo de R$ 65,5 milhões, porém, isso não se compara aos números dos anos anteriores. O Cruzeiro teve prejuízos de R$ 113 milhões em 2021, R$ 226 milhões em 2020, alarmantes R$ 394 milhões em 2019 e quase R$ 74 milhões em 2018.
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