Galo perde o controle e sofre prejuízo de quase R$500 milhões de reais
Ao longo de aproximadamente três horas de depoimento na CPI “Abuso de Poder” da Câmara Municipal de Belo Horizonte, o CEO do Galo e da Arena MRV, Bruno Muzzi, compartilhou detalhes sobre o licenciamento e o processo de construção do novo estádio. Durante sua explanação, ele revelou os custos atualizados, que totalizam R$ 1.085.000,00, levando em consideração tanto a construção em si quanto suas contrapartidas.
A CPI em andamento tem como objetivo apurar eventuais irregularidades na gestão do ex-prefeito Alexandre Kalil. Com 22 reuniões já realizadas, durante uma delas, Muzzi detalhou o processo de licenciamento ambiental da Arena MRV, dividido em três fases distintas. Ele também discorreu sobre as exigências do poder público para a aprovação do projeto executivo do estádio, revelando a composição dessas exigências.
Segundo o CEO, as contrapartidas referentes à construção da Arena MRV totalizam aproximadamente R$ 335 milhões. Esses valores englobam projetos ambientais, iniciativas sociais e melhorias nas vias do entorno do estádio, considerando o significativo impacto que a arena terá no trânsito da região.
Entre essas contrapartidas, cerca de 10 itens foram discutidos com o Comam (Conselho Municipal de Meio Ambiente), sendo que apenas três, no valor de R$ 22 milhões, foram retirados de pauta. Por outro lado, sete contrapartidas viárias, totalizando R$ 40 milhões, precisaram ser incorporadas ao projeto final do estádio.
As contrapartidas
De acordo com Bruno Muzzi, o custo da obra interna da Arena MRV é de R$ 750 milhões, considerando a atualização dos valores. Todas as contrapartidas exigidas representarão aproximadamente 44% do orçamento total do projeto.
Essa proporção tem sido alvo de críticas por parte dos membros da CPI da Câmara Municipal. O ponto de desconforto levantado por Muzzi é o fato de o poder público não ter oferecido nenhum tipo de incentivo ou apoio financeiro ao empreendimento.
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