Ano após ano, a realização do Campeonato Mineiro em seu formato atual é motivo de discussão entre clubes, jogadores e torcedores. Muitos clubes, inclusive o Galo, acreditam que equipes com calendários mais apertados competirão com jogadores da base por causa de ganhos técnicos questionáveis. A parte financeira era a principal motivação, mas isso também mudou.
Tanto que a bilheteria e cota de TV do Atlético-MG, sua única forma de gerar receita, não paga nem a folha de pagamento do clube hoje. A Federação Mineira de Futebol (FMF) não premia participantes ou campeões de torneios. O vencedor receberá apenas o troféu e 50 medalhas cedidas pela entidade.
No entanto, a folha salarial do Atlético é de aproximadamente R$ 15 milhões. Esperando o melhor desempenho na parte de TV e pensando nos lucros e prejuízos que o time teve como mandante ao longo da competição, o Galo chegará perto de uma arrecadação de R$ 8,3 milhões, apenas a metade que gasta mensalmente para manter o time.
Este ano, a Globo reduziu significativamente seu compromisso financeiro com a transmissão do Estadual. Dos 5 milhões de reais investidos em todo o evento para transmitir o jogo em televisão aberta, o Atlético Mineiro recebeu 1,3 milhão de reais, o maior entre os clubes participantes.
Galo teve lucro no Clássico Mineiro
O restante da receita dependerá de TVs fechadas e pacotes pay-per-view, o que coloca a previsão final do Galo em 6,5 milhões de reais. O Atlético arrecadou cerca de 14 milhões de reais da Globo em temporadas anteriores. Em seis jogos como mandante no Mineiro, o Galo teve prejuízo em três deles na bilheteria.
o clube acabou devendo ao Independência e ao Mineirão cerca de R$ 172 mil. No clássico contra o Cruzeiro, o Galo faturou mais de 1,6 milhão de reais. Ele ainda tem valor positivo contra Athletic e Caldense, somando R$ 225 mil nos dois jogos.
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