Quando o Galo passou pelos vestiários após ser derrotado pelo Libertad na estreia da Fase de Grupos da Libertadores por 1 a 0, ninguém sabia o que estava por vir. Somente Eduardo Coudet, talvez, tinha noção de como encararia a “fatídica” entrevista coletiva. Desde então, o ambiente do Atlético mudou completamente e, inclusive, está próximo de não ter mais o argentino como um líder.
As falas do comandante contra a diretoria, investimento, torcida e jogadores não pegou bem, obviamente, nos bastidores do Maior de Minas, que enfrentaria uma decisão de campeonato em três dias. O ponto “menos pior” para Chacho foi justamente a conquista do título estadual. Apesar da tensão, o elenco resolveu o duelo diante do América e garantiu a quarta conquista consecutiva na região.
Craque improvável
Hulk, com certeza, é quem mais aparece na mídia. Aliás, não tem como ser o contrário. O ídolo do Galo marcou quatro vezes em duas partidas e finalizou o Campeonato Mineiro na artilharia de forma isolada, com 11. O pênalti perdido no jogo da Arena Independência sequer será lembrado pela massa atleticana.
Diferente de um jogador pouco recorrente na imprensa e criticado no início da passagem pela Cidade do Galo, Mauricio Lemos. O defensor uruguaio se mostrou um reforço de altíssima qualidade para a temporada que exigirá bastante do plantel.
“Não levei para o coração”
O destino, porém, poderia ser diferente. Eduardo Coudet, durante a coletiva de quinta-feira, comentou de forma ofensiva até que a intenção do Galo era contratar Felipe, do Atlético de Madrid. Lemos apareceu como a segunda opção. A revelação desonesta do treinador argentino não afetou o zagueiro.
“Quando ele foi buscar, eles falaram bem comigo, falaram da situação do clube. Queria jogar. Não importa. É normal que ele prefira outro jogador. Agradeço a ele por ter me chamado. Me deu confiança. Não levei para o coração. Ninguém acreditava em mim.”
Relembre a fala de Chacho:
“Falamos do Felipe de Atlético de Madrid e trazer o Gilberto do Benfica, e depois trouxemos Lemos e Rodrigo de graça. Depois de ligar aos jogadores, pedir por favor para que aprovassem a contratação. Parece que trocou ou não? Tentamos fazer o possível.”
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