A agenda de muitos estádios ao redor do Brasil é preenchida com shows que comprometem o calendário dos clubes. O Atlético Mineiro, por exemplo, não pôde utilizar a capacidade total do Mineirão na Semifinal contra o Athletic, por conta de uma apresentação do cantor sertanejo Luan Santana no dia anterior à decisão.
Não bastasse a falta da torcida, os jogadores comentaram que os eventos trazem mais consequências aos jogos do Galo. Depois da derrota na estreia da Fase de Grupos da Libertadores para o Libertad, do Paraguai, por 1 a 0, no próprio Gigante da Pampulha, os atletas deixaram as questões em evidência ao conversar com os jornalistas na zona mista.
Reclamações atrás de reclamações
A principal reclamação girou, como era de se esperar, em torno da qualidade do gramado. A montagem e desmontagem de palcos dentro das quatro linhas afetam demais o campo. Não é uma “falha” do Mineirão, qualquer estádio com grama “original” enfrenta a mesma dificuldade.
“Atrapalha um pouco. Estava com muito barro. Creio que atrapalhou sim (na derrota ao Libertad). Agora é pensar para frente. Espero que eles possam tomar as devidas providências”, comentou o zagueiro Nathan Silva, bastante contestado pelo torcedor ao entrar como titular.
“Não colocando a desculpa da derrota no gramado, mas infelizmente, estava um pouco aquém. Fica ruim para os dois times? Sim. Mas pior para o Atlético, que impomos mais o jogo. No começo do jogo, fui bater uma bola, acabei escorregando e bati no pé do adversário”, também relatou o goleiro Éverson.
E agora?
O pior de tudo isso é que o Atlético Mineiro tem grandes chances de vivenciar o cenário novamente. Neste domingo (09), a partir das 16h30, pela final do Estadual, o Galo recebe o América no Mineirão em busca de garantir o título. O gramado terá influência? Enquanto a Arena MRV não é inaugurada, não há alternativas.
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