Júnior Chávare, ex-diretor das divisões de base do Galo, faleceu ontem, aos 57 anos. Ele desempenhou suas funções no clube de maio de 2019 a fevereiro de 2021, período durante o qual contribuiu para a conquista do inédito título do Campeonato Brasileiro Sub-20 em 2020.
A abordagem adotada pelo ex-dirigente era baseada em contratar jovens talentos de outras equipes em fases mais avançadas por meio de empréstimos, com opção de compra. Sob essa filosofia, o Atlético recrutou jogadores que se destacaram no cenário profissional, como Calebe, assim como talentos provenientes de outras equipes, como o meio-campista Guilherme Castilho.
Em colaboração com o então diretor de futebol Rui Costa, Júnior Chávare liderou o projeto do time de transição, uma iniciativa que foi descontinuada com a chegada de Alexandre Mattos. O objetivo era utilizar jogadores jovens que excederam a faixa etária nas categorias de base e prepará-los para atender às demandas do time principal, e alguns desses atletas até apareceram em listas de convocados ou até mesmo jogaram no início de 2020.
Saída do Galo
Júnior Chávare encerrou sua passagem pelo Galo há aproximadamente dois anos, no dia 3 de fevereiro de 2021. Sua saída foi motivada por divergências filosóficas com Sérgio Coelho, recém-eleito presidente do clube na época.
O mandatário defendia uma abordagem na gestão da base que priorizava a captação de jogadores em idades ainda mais jovens, o oposto do que Chávare propunha. Para liderar essa nova estratégia, o clube contratou Erasmo Damiani, que continua trabalhando no Atlético até hoje.
“Não quero me estender sobre tudo o que foi planejado e executado, mas o projeto da base do Galo teve começo, meio e fim. Não me refiro apenas aos inúmeros títulos conquistados, entre eles a inédita taça do Brasileiro Sub-20, ou dos atletas que foram lapidados e já estão compondo a equipe principal e o time de transição”, disse Júnior Chávare, na época.
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