Por que o Atlético-MG não rende como em 2021?

No ano de 2021 o Atlético-MG viveu uma das melhores temporadas de sua história quando conquistou o Campeonato Brasileiro, a Copa do Brasil e o Campeonato Mineiro. O Galo também foi semifinalista da Copa Libertadores e foi eliminado de forma invicta da competição com dois empates.

Para muitos, o alvinegro era o melhor time do Brasil em 2021 e seria a equipe a ser batida em 2022. Quando a temporada começou, essa previsão parecia de fato estar se cumprindo, uma vez que o clube conquistou a Supercopa do Brasil, o Campeonato Mineiro e fazia uma boa campanha na Copa Libertadores.

Apesar disso, tão logo o Campeonato Brasileiro começou, o time passou à oscilar bastante e viu seu desempenho cair. Já na última rodada da fase de grupos do torneio continental, uma derrota por 2×1 para o Tolima em casa ligou o sinal de alerta.

Depois disso, o rendimento da equipe passou à cair cada vez mais, custando ao clube uma eliminação precoce nas oitavas de final da Copa do Brasil. Ali o trabalho do treinador Antonio Mohamed ainda era muito questionado, mas a diretoria alvinegra optou por seguir com ele no cargo.

Foi apenas após o empate em 1×1 com o Cuiabá que ficou claro que uma mudança precisava ser feita e El Turco foi demitido. Para seu lugar fora contratado Cuca, que havia comandado o Galo em 2021 e tinha sido um dos responsáveis por fazer o time jogar o melhor futebol do Brasil no ano passado.

Apesar disso, na reestreia do treinador o Atlético foi goleado por 3×0 pelo Internacional em uma tarde para esquecer. Se antes do duelo contra o Colorado alguns torcedores culpavam exclusivamente o antigo treinador pelo mau desempenho, após a derrota foi empenho dos jogadores que passou a ser questionado.

Para muitos, o elenco alvinegro havia se acomodado com as conquistas do final de 2021 e também de 2022, e por isso teria tido uma queda de rendimento tão grande. Perguntado sobre o assunto, o zagueiro Júnior Alonso fez questão de ressaltar que esse não é o problema do grupo, que segundo ele, segue faminto para novas conquistas, como por exemplo à Copa Libertadores:

“Aqui no Brasil eu já muito isso de ‘os jogadores estão com barriga cheia’, isso não existe. A gente sabe que o que a gente ganhou ano passado Brasileiro, Copa do Brasil, já acabou. Hoje, 2022, é um novo ano, a gente tem novos sonhos, novos objetivos, conquistar novos títulos, esse da Libertadores, por exemplo.”

Para o zagueiro, a maior dificuldade que equipes vencedoras enfrentam é seguir conquistando títulos e o duelo contra o Palmeiras, na próxima quarta-feira (3), é uma ótima oportunidade para o grupo seguir em direção à esse objetivo:

“Acho que o mais difícil para um time que ganhou tudo, é voltar a ganhar. A exigência é alta, todos os torcedores, a diretoria, esperam mais de nós e também sabemos disso, temos uma dívida com nós mesmos. Amanhã é um bom dia para recomeçar isso e levantar a cabeça, é o que todo mundo quer.”

Alonso classifica como natural comparações entre o Atlético-MG de 2021 e de 2022

Alonso também considerou como naturais as comparações entre o Galo de 2021 e o de 2020. Ele relembrou que na chegada de Cuca no começo do ano passado, diversas comparações eram feitas ao treinador com seu antecessor, Jorge Sampaoli:

“A gente sabe que sempre vão existir essas comparações (entre trabalhos). Já aconteceu isso ano passado quando saiu o Sampaoli e chegou Cuca, todo mundo comparava o tipo de jogo que fazia o professor Sampaoli e o que estava fazendo o professor Cuca, depois saiu o Cuca e chegaram as mesmas comparações do que ele fazia e do que fazia o professor Turco e agora voltou o professor Cuca de novo.”

Por fim o paraguaio afirma que é difícil explicar o porquê de o time não estar rendendo como já rendeu, mas desta que também precisa se dar mérito aos adversários, que investiram em suas equipes para ter um desempenho melhor e conseguir parar o Galo:

“Também tem que se dar méritos aos adversários por todo o investimento que estão fazendo todos eles: Palmeiras, Flamengo, Corinthians, também trabalham para isso. Explicar é muito difícil, mas a gente sabe que a exigência vai existir porque o clube está investindo muito, a torcida acredita em nós e sabemos que temos que entregar mais.

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