Presidente de torcida organizada do Galo é acusado de agressão à ex-namorada
O tópico envolvendo a existência das torcidas organizadas no futebol ainda é muito discutido devido ao grau de violência proporcionado por boa parte dos envolvidos. Nesta segunda-feira (27), o nome do Atlético-MG passou a ganhar notoriedade nas redes sociais após o presidente de uma das maiores organizadas do Galo ser acusado de agredir sua ex-namorada.
Por meio de suas redes sociais, Hillary, vítima de Pedro Henrique Marques, mais conhecido como “Pedroga”, relatou os momentos degradantes vividos nos últimos meses. Depois de ter sofrido por muito tempo, a ex-namorada do presidente da Fúria Alvinegra decidiu expor cada vestígio de agressão e humilhação proporcionados pelo torcedor do Galo.
Por meio de prints das mensagens trocadas e fotos das agressões, Hillary mostrou aos torcedores do Atlético-MG a real face de Pedro Henrique. Gentil e prestativo sob a direção da Fúria Alvinegra, mas agressivo e manipulador na intimidade do casal. A jovem de 21 anos teve um relacionamento de dois anos com o suspeito, que culminou com o nascimento de Helena, bebê de dois anos do agressor.
Além das fotos dos hematomas e ameaças dirigidas por Pedroga, Hillary explanou alguns episódios desunamos, onde o torcedor do Galo chegou a expulsar a jovem de casa quando estava no nono mês de gestação. Em contrapartida, depois de muito ser manipulada com discursos de arrependimento, a viítima procurou os meios legais e abriu um boletim de ocorrência.
Agressões sofridas e reincidência
De acordo com as informações transcritas no boletim de ocorrência, a vítima explicou que o presidente da Fúria Jovem do Galo apresentava comportamento agressivo e impulsivo, além de violência psicológica. Como resultado da falta de aceitação pelo término do relacionamento, o agressor afirmou que “mataria e daria pauladas” em sua ex-parceira.
O ápice das agressões ocorreram no dia 27 de junho deste ano, quando o casal comemorara alguns meses do nascimento da filha. Ao ser questionado sobre uma possível traição, Pedro se revoltou e mostrou um comportamento antes jamais visto por Hillary.
– “Ele já estava me puxando pelo braço, me apertou muito, me sacudiu e me sufocou na cama, me deixando sem ar. Lembro das coisas picadas porque eu desmaiei, mas peguei meu celular para ligar para a polícia e eles rastrearam meu número e foram atrás de mim. Nessa ele escondeu meu celular, pegou uma faca e falou que ia se matar, fazendo a pressão psicológica dele, como sempre, e ele fugiu com um carro. Eu fiquei sem assistência da bebê, como sempre fico, e ele só paga a pensão se for na base da ameaça”, completa.”, relatou ela.
Com a medida protetiva sendo solicitada, Pedroga ficou proibido de contatar a vítima, além de ter que respeitar a distância de no mínimo 200 metros. Todavia, as agressões não foram iniciadas com Hillary. Em resumo, uma ex-companheira do representante do Galo afirmou ter sofrido violência física e psicológica, que culminaram com o afastamento do agressor da torcida.
Torcida do Galo pega de surpresa
Com os casos vindo à tona, as torcidas organizadas do Galo se uniram em apoio às vítimas. Em detrimento da aliança, foi descoberto ainda que o suspeito contém passagem pela polícia por lesão corporal e tráfico de drogas. Inconformados com a postura degradante e desumana de Pedro Henrique Marques, a Fúria Alvinegra se manifestou e optou por afastar o presidente.
Confira na íntegra a nota emitida pela torcida organizada do Galo:
“Mediante ao conhecimento dos fatos, houve uma reunião extraordinária da diretoria e viemos por meio desse comunicar o afastamento do então presidente Pedro de seu referente cargo, até que os fatos sejam esclarecidos e tratados pela esfera legal responsável.
Tais condutas não representam de forma alguma a ideologia da nossa entidade, que sempre esteve lado a lado com as mulheres, buscando uma arquibancada mais igual e justa. Nos solidarizamos com a situação, com a vitima e sua família.“
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