Qual a relação entre o Atlético-MG e os árabes?

O Atlético-MG é o clube de futebol mais popular de Minas Gerais, pioneiro na prática do esporte no estado, o Galo também sempre foi o time de todos. Enquanto o América-MG se orgulhava em ser o time da elite e o Palestra Itália, que posteriormente se tornaria Cruzeiro, era o time da colônia italiana, o alvinegro abria sua porta para todos os tipos de pessoas.

No começo do século XIX, Belo Horizonte recebeu um grande número de imigrantes árabes, que encontravam no futebol e no Atlético, uma forma de se integrar a capital mineira. Um dos maiores jogadores da história do Galo, Said, um dos membros do Trio Maldito, tinha ascendência síria e ajudou à estreitar os laços entre o alvinegro e à comunidade árabe de BH.

Além de ter tido diversos atletas de descendência árabe, o Galo também já teve três presidentes com origens sírias. Elias e Alexandre Kalil, para muitos os maiores presidentes da história do clube, tem ascendência síria.

Esse vínculo se estreitou em 2011, quando a guerra na Síria estourou e o Atlético por meio do conselheiro do clube e cônsul da Síria em BH, Emir Caldar, ajudou na adaptação de diversos refugiados em Belo Horizonte, chegando inclusive à contratar alguns deles para trabalhar no clube.

Em 2015 o Galo convidou alguns refugiados da Guerra para assistir a vitória por 4×1 sobre o Flamengo no Estádio Independência. Antes da bola rolar os jogadores atleticanos entram em campo com uma faixa com os dizeres: “PAZ NA SÍRIA”.

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